Por Robson Merieverton em 28/03/2017

A música é uma ferramenta que está bastante presente na vida das pessoas. Seja para inspirá-las, animá-las ou até fazer lembrar momentos especiais, a verdade é que ela tornou-se, praticamente, indispensável. Dependendo dos ritmos e estilos, a música delimita tribos, seguidores e até admiradores.

Nesse campo também está a música clássica, considerada uma das mais admiradas e inspiradoras do mundo. Inspirados pelas melodias que ela possibilita, muitos nomes ganharam lugares garantidos no ritmo, servindo até como referência na própria história da música clássica.

Toda essa história merece ser lembrada, ano a ano. Instituído através de decreto presidencial no dia 13 de janeiro de 2009, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Dia Nacional da Música Clássica é comemorado em 5 de março de cada ano.

Como foi criada a data

5 de março e o Dia Nacional da Música Clássica

Foto: depositphotos

A nível nacional, a data foi criada a partir de inspiração no calendário comemorativo do Estado do Rio de Janeiro. Por lá, o dia 5 de março fazia menção ao nascimento de um famoso músico maestro e compositor brasileiro de música clássica para violoncelo, violão e piano, Heitor Villa-Lobos (1887).

A data para celebrar a música clássica no Brasil foi criada em 2006, a partir de uma campanha da revista VivaMusical. Na ocasião foram elencado nomes de compositores famosos que representassem o gênero para que fosse feita votação. Entre os nomes estavam os de Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes e Padre José Maurício Nunes Garcia. Villa-Lobos foi o escolhido.

Sobre Heitor Villa-Lobos

Heitor Vella-Lobos nasceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 5 de março de 1887. Ele é considerado o maior expoente da música do modernismo brasileiro. Sua história com a música começou desde os 12 anos de idade, quando ele se interessou pelo primeiro instrumento: o violoncelo.

Paralelo a essa atividade musical, Villa-Lobos interessou-se pela intensa musicalidade dos “chorões”, representantes da música popular do Rio de Janeiro.

Nas suas composições ele evidenciou o espírito nacionalista, mesclando influências populares, folclóricos e indígenas. Foi no ano de 1915 que Villa-Lobos iniciou sua carreira profissional como instrumentista.

Em 1922 Villa-Lobos participou da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. No ano seguinte embarcou para a Europa, regressando ao Brasil em 1924. Viajou novamente para a Europa em 1927, com financiamento de um milionário carioca, onde passou por 66 cidades.

Ao longo da carreira, Heitor Villa-Lobos recebeu 24 títulos na França, foi Membro da Academia de Belas Artes em Nova York e foi homenageado em diversos países. No ano de 1945, foi responsável pela fundação da Academia Brasileira de Música, onde foi nomeado como o primeiro presidente. O artista faleceu aos 72 anos, em 1959.