Geografia

Rosa dos ventos: o que é e significado

Você sabe o que é uma rosa dos ventos? Você pode não estar lembrado, mas com certeza já deve ter visto em algum lugar.

Ela é um dos vários instrumentos que foram criados pelo homem ao longo da história para auxiliar no processo de localização e orientação cartográfica.

Este tipo de recurso era especialmente importantes no período das grandes navegações, e ajudou a criar as bases para a elaboração de recursos cada vez mais modernos, como o Sistema de Informações Geográficas (SIGs).

Rosa dos ventos

A rosa dos ventos auxilia na orientação das direções cardeais (Fotos: depositphotos)

A rosa dos ventos tem o formato de estrela e serve para auxiliar na orientação quanto as direções cardeais, assim como as bússolas, o Global Positioning System (GPS [1]) e outros.

O que é a rosa dos ventos?

A rosa dos ventos é um dos recursos mais utilizados para orientação cartográfica. Ela consiste basicamente em uma imagem com pontas que mostram as direções dos pontos cardeais [2] e também as direções intermediárias entre esses pontos, tornando a localização ainda mais precisa.

A rosa dos ventos é utilizada em mapas ou cartas de navegação, mas também pode aparecer em espaços públicos para orientação dos pedestres.

O que significa?

Originalmente, a rosa dos ventos estava relacionada com a direção dos ventos, e não com os pontos cardeais.

As pontas apontavam para a região onde determinado vento era predominante. Atualmente, os pontos cardeais são usados em referência ao posicionamento em relação ao Sol.

Como utilizar a rosa dos ventos?

Sabendo onde fica a direção Norte, se descobre as demais (Foto: depositphotos)

Para orientação espacial, a rosa dos ventos geralmente apresenta os pontos cardeais marcados com as letras iniciais. O “N” de Norte é sempre o ponto referencial principal, sendo por vezes apresentado com uma linha maior em relação as demais, ou em outra cor, ou simplesmente grafada com a letra “N”.

Embora não seja muito comum, algumas rosas dos ventos podem colocar algum dos outros três pontos cardeais como principal, já que não há uma regra na prática em relação a isso. Sabendo-se para onde aponta o Norte, pode-se descobrir os demais pontos.

Ao lado oposto do Norte (N), estará localizado o Sul (S), e em seu lado esquerdo o Oeste (O ou W), bem como o Leste (L ou E) em seu lado direito. Com estes quatro pontos, pode-se obter a localização de locais específicos no espaço.

Como e quando foi criada

A criação da rosa dos ventos é atribuída ao estudioso das navegações Aristóteles Timóstenes, apesar disso, não há um consenso entre os pesquisadores.

Para Timóstenes havia doze ventos, sendo os quatro principais Bóreas, Nótus, Zéfiro e Apeliotes. Entre estes ventos, haviam outros mais secundários, entre os quais haviam outros ainda menos predominantes.

Com base nisso, foi criada a rosa dos ventos, demonstrando os quatro ventos mais importantes como pontos cardeais, os quatro intermediários como pontos colaterais e os outros quatro como pontos subcolaterais.

Essa configuração inicial, que tinha como base os ventos, é hoje utilizada para referenciar pontos da superfície terrestre em relação ao Sol.

Os pontos cardeais

Pontos cardeais, colaterais e subcolaterais

Além dos pontos cardeais, existem os pontos colaterais e subcolaterais (Foto: depositphotos)

Os pontos de orientação que podem existir na rosa dos ventos são:

Nem sempre todos estes pontos são apresentados na rosa dos ventos, sendo que algumas mostram apenas os quatro principais. De qualquer forma, estes pontos ajudam na orientação cartográfica e espacial, e quanto maiores os detalhes, mais correta a informação.

Elementos de um mapa

Mapa do tesouro

A rosa dos ventos é utilizada, principalmente, em mapas (Foto: depositphotos)

Os mapas [3] são importantes instrumentos para conhecimento do espaço. Eles ajudam não apenas na localização e orientação, mas mostram importantes detalhes da ocupação dos territórios, das delimitações físicas ou sociais, dos contrastes existentes entre as regiões.

Para que possam ser bem compreendidos pelos leitores, existem alguns padrões que são seguidos na elaboração dos mapas, como a presença de título, legenda, escala, orientação e projeção cartográfica.

A orientação nos mapas [4] geralmente é feita com a rosa dos ventos, que fica representada na porção direta inferior do mapa (ao olhar do leitor). A orientação pode aparecer também apenas com um símbolo indicando o Norte, o que já permite que o leitor possa decifrar também o Sul, Leste e Oeste.

Resumo do Conteúdo

Nesse texto você aprendeu que:

  • A rosa dos ventos é um recurso para a orientação cartográfica e espacial.
  • A rosa dos ventos é usada para leitura e interpretação de mapas e cartas de navegação.
  • Acredita-se que a rosa dos ventos tenha sido criada por Aristóteles Timóstenes.
  • A rosa dos ventos indica a direção dos pontos cardeais.
  • Os pontos cardeais são: Norte, Sul, Leste e Oeste.
  • O Norte é o ponto referencial da rosa dos ventos.

Exercícios resolvidos

1- O que é uma rosa dos ventos?
R: A rosa dos ventos é um símbolo usada para orientação cartográfica.
2- Para que serve a rosa dos ventos?
R: Ela serve para apontar a direção exata de cada lugar se guiando pelos pontos cardeais.
3- Quem idealizou a rosa dos ventos?
R: Aristóteles Timóstenes
4- O que a rosa dos ventos sinaliza?
R: Ela aponta a direção dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
5- Quais são os pontos cardeais?
R: Norte, Sul, Leste e Oeste.

*Luana Polon é Mestre em Geografia e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU) e em Educação Profissional e Tecnológica (São Braz).

Referências

» Rosa dos Ventos. Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP. Disponível em: http://www.cdcc.usp.br/cda/jct/rosa-ventos/D_Rosa_Ventos_80x40cm.pdf [5]. Acesso em: 11 de setembro de 2018.

» Rosa dos Ventos. Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP. Disponível em: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/dispositivos/pdf/painel-rosa-dos-ventos-790x790mm.pdf [6]. Acesso em: 11 de setembro de 2018.