Por Lia Vieira em 10/10/2014

Desde os povos mais antigos, a matemática e a música sempre foram estudadas de maneira separada, mas com certa ligação em comum. A matemática sempre foi utilizada na contagem de coisas e a música sempre foi expressada na mitologia de Orfeu. Em diferentes povos ao longo do tempo a organização das escalas musicais foram feitas de formas diferentes, porém com algumas semelhanças.

Os gregos desenvolveram os tetracordes e escalas com sete tons, já Pitágoras, Aristoxeno, Arquitas e Erastóstenes criaram escalas com diferentes critérios, valorizando os intervalos de quinta perfeita; desenvolveram uma afinação utilizando recursos de quinta para a obtenção das notas da escala; a utilização de números de 1 a 4 para obter frações da corda gerando assim as notas da escala; diferenciação entre intervalos calculados aritmeticamente e intervalos calculados pela razão.

A matemática e a música

Foto: Reprodução

Escalas musicais e seus símbolos

Escala musical é um grupo de notas musicais que derivam do material escrito de uma composição musical. Em solfejo, as notas de qualquer escala são: Dó, Dó sustenido, Ré, Ré sustenido, Mi, Fá, Fá sustenido, Sol, Sol sustenido, Lá, Lá sustenido e Si, os sustenidos são representados também como Ré bemol, Mi bemol, Sol bemol, Lá bemol e Si bemol. Os termos sustenido e bemol são usados para identificar um tom acima e um tom abaixo.

Já em países falantes da língua inglesa (Anglo-Saxônico), as notas são representadas pelas letras: C, D, E, F, G, A, B, ou substituindo por números as silabas mencionadas, por: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, usando o símbolo “♯” para o sustenido e o “♭” para o bemol.

Música e matemática juntas

A música é feita de ritmos e sons, o ritmo tem a ver com o tempo, divisões de tempo e assim temos a matemática, que explica essa relação, já os fatores com intensidade, timbre e frequência tem a ver com o som e a matemática é nossa aliada para ajudar no entendimento e na criação de músicas.

Os ritmos musicais possuem diferentes tipos de acentuações que se repetem dentro de algum padrão, logo a música é organizada em partes, que damos o nome de compassos, por exemplo, em uma música que use compasso quaternário, temos sempre a contagem de 4 tempos.

Na música, os símbolos utilizados para fazer referência a duração do tempo em que as notas devem ser tocadas, são: semibreve (1/1), mínima (1/2), semínima (1/4), colcheia (1/8), semicolcheia (1/16), fusa (1/32) e semifusa (1/64).

A matemática difere a música do ruído

Características físicas do som musical são diferentes de ruídos e barulhos que escutamos e isso é explicado através de um padrão matemático. O osciloscópio é um aparelho que transcreve as ondas sonoras em imagens visuais e, a partir daí, os cientistas perceberam que os sons musicais formam estruturas definidas por ondas chamadas de senóide ou função seno.

O som é medido pela matemática através da intensidade, frequência e timbre. Intensidade é referente a amplitude das oscilações da pressão do ar, frequência é o número de oscilações que acontecem por unidade de tempo e timbre mede a presença de harmônicos no som.

Como podemos perceber a matemática é um dos pilares da música e sem ela fica inviável compreender/estudar a música em seu todo. E olha que os estudos não param por aí: temos ainda escalas musicais em intervalos entre notas, acordes que são agrupamentos de notas, pitagóricos e suas influencias na música, entre outros.