Por Débora Silva em 23/03/2016

A principal característica da religião romana era o politeísmo, isto é, a fé em diversos deuses, que tinham formas e caráter de homens e mulheres. O cidadão romano acreditava que os deuses controlavam sua vida e, consequentemente, passavam muito tempo de sua vida adorando-os. Havia mais de 20 tipos de deuses e deusas e espíritos que eram cultuados pelos cidadãos romanos.

As características dos deuses romanos

A principal característica da religião romana – o politeísmo – era semelhante às religiões de outros povos da Antiguidade, sendo que os deuses gregos foram as principais divindades assimiladas pelos romanos. A diferença entre as duas culturas era que os romanos davam nomes latinos a esses deuses. Por exemplo, a rainha dos deuses, protetora das mulheres, do casamento e do parto, era Hera para os gregos; mas, para os romanos, tratava-se de Juno.

Os deuses romanos também eram divindades ligadas às forças da natureza (tempo, fogo, protetores das colheitas etc.), aos sentimentos (beleza, amor, etc.) e às ações dos homens (guerra, caça etc.).

O deus mais importante para os cidadãos romanos era Júpiter, o rei dos deuses, que governava com a deusa do céu, sua esposa Juno. Marte, Mercúrio, Netuno, Jano, Diana, Vesta, Minerva e Vênus eram outros deuses e deusas importantes para os romanos.

Estátuas romanas

Foto: Pixabay

Os deuses foram assimilados a partir da forte ligação que havia entre o universo romano e a cultura helenística, que possuía influência grega. Com o passar do tempo e a expansão do território romano, uma enorme diversidade de povos, culturas, costumes, divindades e vários outros elementos foram se incorporando à prática religiosa romana.

Ao contrário do ocorrido na mitologia grega, os cidadãos romanos não consideravam que os deuses agissem como os humanos mortais e, por isto, não deixaram relatos de suas atividades.

As características da religião romana

Além dos deuses, outra característica importante da religião romana é a sua divisão entre o culto familiar e o culto público.

O culto familiar, de caráter privado e realizado no âmbito doméstico, era conduzido pelo chefe de família, que supervisionava os rituais domésticos e orações, tendo por centro o fogo. Os deuses eram conhecidos como lares, protetores da família e, durante as celebrações, eram oferecidos alimentos e animais sacrificados.

O culto público, estatal, era organizado pelo Estado através de funcionários públicos, tendo o Sumo Pontífice como o maior entre eles. Este culto exercia influência significativa sobre os acontecimentos políticos e militares, sendo que o Estado controlava os cultos com a finalidade de agradar aos deuses para conseguir êxitos. Os sacerdotes e sacerdotisas também ajudavam a celebrar os cultos públicos, destacando-se as sacerdotisas vestais, que eram mulheres virgens vindas de famílias patrícias que cultuavam a deusa protetora de Roma, chamada Vesta.

Outra característica dos cidadãos romanos era a superstição. Para eles, existiam dias fastos (bons) e nefastos (ruins), de boa e má sorte.