História

A trajetória da civilização árabe

O islamismo, doutrina religiosa idealizada pelo profeta Maomé, foi o pilar de formação do império árabe. Nos primórdios, antes do Islã, os semitas eram os ocupantes, por meio de diferentes tribos, da Arábia até o século VII. Mesmo com o mesmo idioma na fala, esse grupo de habitantes possuía estilos de vida e crenças completamente distintos da posterior civilização Árabe.

Durante a Arábia pré-islâmica, os povos beduínos, tradicionalmente nômades, possuíam um estilo de vida um tanto complexo no deserto. Os mesmos tinham como meio de sobrevivência o camelo, do qual extraíam o alimento (carne e leite) e vestimentas (por meio do pelo) para a civilização.

Organizados em caravanas, esses povos comercializavam diversos produtos em pelas cidades das redondezas. Por outro lado, habitando a região litorânea e sobrevivendo do comércio fixo estavam as tribos coraixitas.

A trajetória da civilização árabe [1]

Foto: Reprodução

A constituição do império a partir do Islã

A unificação da Arábia ocorreu após a morte do profeta Maomé em 8 de junho de 632. Assim, a doutrina religiosa acabou por impulsionar o avanço do império árabe. Um chefe com atribuições políticas, militares e religiosas, denominado de califa, era o responsável por liderar os árabes.

Convictos de que todos os povos deveriam ser convertidos ao islamismo por meio da Guerra Santa, os seguidores do livro considerado sagrado, o alcorão, avançaram sua doutrina religiosa em direção a Síria, Pérsia, Egito, Omã e Palestina.

Disseminando suas ideologias culturais pela região de Portugal e da Espanha, em 711 os seguidores do Islã já dominavam parte da península ibérica. Entretanto, em 732 os mesmos foram desbaratados pelos francos, numa tentativa exitosa de bloquear o crescimento populacional do grupo pelo norte europeu.

Difusão cultural dos Árabes

Essa população sempre deu espaço a culturas de outros povos, a partir da absorção das mesmas e assim promovendo a o crescimento dos seus conhecimentos culturais e ideológicos.

Foram os árabes, por exemplo, que difundiram pela Europa nomes memoráveis como o de Aristóteles, entre outros, da antiguidade grega. Descobertas científicas e médicas também fizeram parte da contribuição dada pela população árabe ao ocidente.

Já entre os aspectos culturais, artísticos e literários deixados por essa civilização descendente do Islã, destacam-se os belos palácios as mesquitas que foram erguidas pelos mesmos. Escrituras memoráveis como “As mil e uma noites”, “As minas do rei Salomão” e “Ali Babá e os quarenta ladrões” figuram como destaque quanto ao legado deixado no campo literário.