Por Michelle Nogueira em 26/08/2015

O caule é uma estrutura extremamente importante para o vegetal, uma vez que é dele que saem as folhas e raízes, e é justamente nele que a maior parte da troca de substâncias que mantêm a planta viva ocorre. É também por ele que passam os vasos que levam a seiva inorgânica das raízes para as folhas, e a seiva orgânica das folhas para o resto da planta. Quando jovens, os caules verdes podem realizar a fotossíntese.

Ao longo dos anos, e dos mais variados processos evolutivos, algumas espécies tiveram que se adaptar ao ambiente, e para tanto, desenvolveram “técnicas” para evitar que predadores as destruíssem. E algumas dessas mudanças ocorreram nos caules, com o intuito, na maior parte das vezes, de se proteger. Outro motivo para essas modificações está no fato do caule passar a desenvolver funções que não são dele.

Espinhos

Os espinhos são estruturas curtas, secas, bastante resistentes e de ponta afiada. Os espinhos caulinares formam-se nas axilas das folhas. Eles se encontram presos aos tecidos mais internos do caule, o que torna bem mais difícil de retirá-los das plantas. Surgiram no propósito de proteger o vegetal de ataques animais que poderiam causar possíveis riscos. Dois bons exemplos são o limoeiro e a laranjeira.

Adaptações dos caules: processo necessário para as plantas

Foto: Pixabay

É importante lembrar que os espinhos encontrados na roseira não são formações do caule, mas sim, segundo estudiosos, acúleos, ou seja, formações epidérmicas da planta que não possuem nenhum vaso condutor de seiva, e por isso, podem ser retirados com facilidade das plantas.

Gavinhas

As gavinhas são outro tipo de adaptação dos caules, e ocorrem, geralmente, em plantas da espécie das trepadeiras. Elas crescem inicialmente em linha reta, e depois que encontram algum tipo de suporte, se fixam e se enrolam. Essas adaptações possuem o formato de molas, o que impede que se partam facilmente. As gavinhas se desenvolvem em plantas como a do maracujá, do chuchu, em videiras etc.

Cladódios

São ramos longos com crescimento contínuo, ou seja, caules que se parecem com folhas. Geralmente, encontrados em regiões de clima seco, onde não há muita chuva. São plantas que perderam suas folhas durante o processo evolutivo, na intenção de diminuir a perca de água para o meio ambiente.

Os cactos são grandes representantes desse grupo. Observe que as folhas, nesse caso, foram substituídas por espinhos, justamente para poupar água. Algumas espécies acumulam água em seu interior, e servem de alimento para muitos animais desse tipo de região.