Ciências

Adrenalina

Nesse artigo vamos entender um pouco mais sobre a adrenalina, hormônio indispensável para todo organismo. Veja a seguir!

Como sabemos, o nosso corpo é formado por inúmeras células, tecidos, órgãos e sistemas, que quando unidos e vivendo em plena harmonia, formam o indivíduo.

E por falar em sistemas, o sistema endócrino é aquele responsável pela produção de hormônios. O sistema endócrino é complexo, contendo um grande número de glândulas endócrinas.

As glândulas endócrinas são responsáveis por fabricar os hormônios e os hormônios têm a capacidade de influenciar praticamente quase todas as funções do organismo, interagindo com o sistema nervoso.

O sistema nervoso pode fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo e o sistema endócrino pode controlar a resposta do organismo de acordo com as informações recebidas. Os hormônios são tão importantes, que podem atuar sobre outras glândulas endócrinas controlando a produção de outros hormônios.

Fórmula da adrenalina

A adrenalina é um dos hormônios produzidos pelo corpo (Foto: depositphotos)

A insulina, a ocitocina, o glucagon, a progesterona, a testosterona, a prolactina e a adrenalina, são alguns exemplos de hormônios que o nosso corpo produz. Cada um tem a sua função específica.

O que é a adrenalina?

A adrenalina ou epinefrina é um hormônio que é liberado em nossa corrente sanguínea em situações de luta ou fuga, ou seja, em momentos onde precisamos enfrentar algum tipo de perigo ou fugir dele. A adrenalina é produzida pelas glândulas suprarrenais.

Em situações normais do dia a dia, a quantidade de adrenalina no sangue é muito pequena, porém, em situações de estresse, ela é produzida para atuar em algumas partes específicas do nosso corpo, tais como: nervos, músculos, pernas e braços, com o objetivo de levar o indivíduo a correr, fugir, atacar, pular, etc.

Veja também: A insulina: entenda para quê serve esse hormônio [1]

Quem descobriu

Em maio de 1886, William Horatio Bates, realizou sua descoberta. Em 1895, também foi identificada pelo fisiologista Napoleão Cybulski. Em 1897, também foi encontrada por John Jacob Abel.

Em 1900, o bioquímico japonês Jokichi Takamine descobriu esse mesmo hormônio e segundo ele, não havia tido nenhuma informação das descobertas realizadas no passado.

Jokichi conseguiu isolar o hormônio pela primeira vez na história e teve a honra de nomear a substância de adrenalina.

Efeitos da adrenalina

Em situações de estresse, medo intenso, emoções a flor da pele, pavor ou desespero, a adrenalina provoca os seguintes efeitos no organismo:

A adrenalina e a medicina

Desde que esse hormônio foi isolado, muitas pesquisas e testes na área da medicina vêm sendo realizados. A adrenalina também tem seus benefícios quando administrada na dosagem e na hora correta.

Ela ajuda no controle da frequência cardíaca e da pressão arterial. Além disso, a adrenalina é uma forte aliada para os pacientes que irão passar por algum procedimento cirúrgico e precisarão tomar anestesia local. Ela ajuda na vasoconstrição, fazendo com que o efeito da anestesia dure por mais tempo.

A adrenalina também é utilizada em medicamentos para prevenção de hemorragias, para estimular o coração em situações de parada cardíaca e para dilatar os brônquios dos pulmões, quando a pessoa sofre de asma aguda.

Fórmula da adrenalina

A adrenalina é representada pela seguinte fórmula química: C9H13NO3. 

Estrutura molecular da adrenalina

Estrutura molecular

Glândulas suprarrenais

As glândulas suprarrenais ou adrenais, produzem outros hormônios além da adrenalina, tais como:

As drogas e os hormônios

Muitas pessoas começam usando pequenas doses e quando percebem, já estão viciadas. Isso acontece porque as drogas estimulam a liberação de hormônios do prazer, como adrenalina, noradrenalina, dopamina e serotonina.

As drogas são extremamente prejudiciais à saúde, podendo comprometer neurônios, coração, pulmão e outros órgãos.

*Natália Duque é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

PIMENTEL-SOUZA, Fernando. Efeitos do ruído estressante. Anais da 49ª Reunião Anual da SBPC, Belo Horizonte: UFMG, 1997.

LEMOS, Tadeu; ZALESKI, Marcos. As principias drogas: Como elas agem e quais os seus efeitos. I. Pinsky & M. Bessa. Adolescência e Drogas, p. 16-29, 2004.

MARGIS, Regina et al. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 25, n. 1, p. 65-74, 2003.

Ostini, F. M., Antoniazzi, P., Pazin Filho, A., Bestetti, R., Cardoso, M. C. M., & Basile-Filho, A. (1998). O uso de drogas vasoativas em terapia intensiva. Medicina (Ribeirao Preto. Online)31(3), 400-411.