Ciências

Animais em extinção

Extinção significa destruir, extinguir ou deixar de existir. Quando dizemos que um animal está em extinção é porque sua espécie corre risco de deixar de existir.

Existem muitas espécies em extinção. Isso significa que podemos encontrar poucos indivíduos dessas espécies vivendo em seus habitats naturais. As espécies podem extinguir-se por processos que não dependem da atividade humana ou serem extintas em decorrência dela.

A cada dia novas espécies são descobertas e estudadas. A imensa variedade de seres vivos existentes chamamos de biodiversidade.

A grande biodiversidade terrestre existente, estão localizadas geralmente em áreas pouco desenvolvidas e sem recursos para preservá-las, principalmente as da floresta Amazônica.

Assim, essas áreas estão sendo cada vez mais ameaçadas pela ação do homem, o que leva os conservacionistas de todo o mundo a lutar pela sua proteção e preservação da vida existente.

Lista de animais que estão ameaçados de extinção no Brasil

Espécies de mamíferos [1], aves, répteis e peixes estão ameaçados de extinção no Brasil. Confira a seguir a lista desses animais.

Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil

Aves ameaçadas de extinção no Brasil

Répteis ameaçados de extinção no Brasil

Peixes ameaçados de extinção no Brasil

Por que os animais podem entrar em extinção?

As alterações que o meio ambiente passa leva a um empobrecimento inevitável da biodiversidade.

Sabemos que qualquer espécie de ser vivo que hoje existe é fruto de milhões de anos de evolução e que, quando uma espécie não possuir mais exemplares, ela nunca mais voltará a existir.

Dentre as principais causas que têm levado muitas espécies da fauna à extinção está o crescimento da população mundial [4], a necessidade cada vez maior de espaços e o desmatamento, que destrói habitats anteriormente ocupados por inúmeras espécies. Além da caça predatória descontrolada e irresponsável.

Assim, de uma maneira geral, pode-se dizer que a extinção pode ocorrer de forma natural ou através da ação do homem.

Extinção natural

As extinções sempre ocorreram, mesmo antes da evolução da espécie humana e continuarão ocorrendo, já que são o resultado das constantes modificações dos ecossistemas e da evolução. Provas evidentes da existência, no passado, de organismos atualmente extinto são os fósseis.

Existem várias formas dos seres vivos entrarem em extinção. Algumas dessas formas são eventos naturais e que acontecem bem lentamente, em milhões de anos, como ocorreu com os dinossauros.

A extinção natural é uma forma da natureza se manter equilibrada, e fazer novas espécies de animais surgirem.

Uma maneira possível de ocorrer a extinção natural é a escassez de comida. Algumas espécies possuem uma alimentação bem específica.

Por exemplo, os sapos comem insetos, então se uma determinada cidade for toda dedetizada contra insetos, os sapos não terão o que comer. Então começarão a morrer e a quantidade de sapos da cidade irá diminuir muito.

Um desequilíbrio na quantidade de animais de cada espécie também pode resultar na extinção de outras. Por exemplo: muitas águias = poucas cobras = muitos sapos = poucas moscas.

Extinção causada pelo homem

Porém, atualmente, a extinção das espécies não está acontecendo de forma lenta e natural como deve ser. O ser humano vem interferindo diretamente na natureza, e isso traz sérias consequências para os animais.

Quanto à ação humana contribuindo para a extinção de espécies, merecem ênfase o desmatamento [5] e a caça indiscriminada e criminosa de diversos animais, principalmente daqueles que já encontram grande resistência do meio ambiente. As baleias e o peixe-boi são exemplos de animais que vivem diante desses problemas.

O desmatamento, as queimadas e a poluição, por exemplo, podem destruir as florestas, que são a casa de muitos bichos. E quando não têm onde morar, muitos animais morrem com muito mais facilidade.

O crescimento das cidades causou a diminuição das florestas, e consequentemente, menos indivíduos de algumas espécies de animais.

Outra maneira de deixar uma espécie em extinção são as caçadas. A ararinha-azul, por exemplo, é uma ave brasileira muito bonita, e que está ameaçada de extinção.

Isso porque, os caçadores capturaram quase todos os bichos dessa espécie na floresta para vender ilegalmente. Restam poucas ararinhas-azuis nas matas, e se os caçadores continuarem a capturá-las não restará mais nenhuma.

Listas Vermelhas

A União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) é a maior organização ambiental internacional, atuando fortemente na conservação da biodiversidade ao redor do mundo.

Ela é responsável, por exemplo, pelas Listas Vermelhas, que classificam plantas e animais de acordo com seus riscos de extinção.

Para que essas listas sejam elaboradas, é necessário o esforço conjunto de milhares de pesquisadores de vários países, especializados nos mais diversos grupos de seres vivos.

Existem vários critérios para determinar se as espécies estão muito ou pouco ameaçadas.

Conscientização

A conscientização das pessoas através de ações educativas é muito necessária, aliada à ação fiscalizadora e punitiva.

Não se pode permitir que o número de representantes de uma espécie fique abaixo do limite. Ou seja, quando não há mais poder de recuperação e a espécie desapareça.

Esse número mínimo de representantes varia de uma espécie para outra, pois depende de diferentes fatores, sempre relacionados com a resistência do meio ambiente, as características do animal, a genética, etc.

As principais medidas legais de ordem geral que visam à proteção dos animais proíbem sua captura, pesca ou caça em época de reprodução, sua exportação e em alguns casos, a caça em qualquer época.

Um exemplo básico em relação à época de reprodução é a proibição legal da pesca durante a piracema, período em que os peixes sobem os rios para se reproduzir.

A preservação dos habitats [6] também é essencial para proteger suas espécies de modo geral, incluindo as mais ameaçadas espécies de extinção.

*Natália Duque é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

DE GODOY BERGALLO, Helena. “A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro“. EdUERJ, 2000.

KOLBERT, Elizabeth. “A sexta extinção: Uma história não natural“. Editora Intrinseca, 2015.

ALBUQUERQUE, M. S. M.; EGITO, A. A.; MARIANTE, A. S. “Programa brasileiro de conservação de recursos genéticos animais“. Archivos de zootecnia, v. 51, n. 193, p. 7, 2002.