Por Robson Merieverton em 09/09/2016

Uma das formas mais fáceis e acessíveis de viajar é através do transporte rodoviário. Através dele, vários lugares podem ser acessados, visto a extensão da malha viária do país. Através delas, pessoas e mercadorias são levadas aos quatro cantos do país.

A malha viária brasileira possui 1.751.868 quilômetros e ocupa a posição de quarto lugar em extensão, a nível mundial.

O transporte rodoviário é considerado o principal meio de transporte. Ele foi priorizado no transporte de mercadorias, quando, até então, os mais usados eram o ferroviário e o fluvial.

Aprenda sobre a história do transporte rodoviário

Foto: depositphotos

Na história

O processo de industrialização automobilística, que resultou no aumento da produção e venda dos veículos no país, foi o grande impulsionador da consolidação dessa forma de transporte, que data nas primeiras décadas do século XX. Foi no governo de Washington Luís, no ano de 1920, que o processo se deu com mais força.

Os governos Vargas e Gaspar Dutra foram responsáveis por grandes investimentos rodoviários. O presidente Juscelino Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país, a exemplo da Volkswagen, Ford e General Motors.

Em contrapartida, o governo ofereceu apoio à construção de rodovias, como forma de atrair mais investimentos no setor.

Custo e conservação

A julgar pelo tamanho e quantidade de rodovias que cortam o país de norte a sul e de leste a oeste, a precariedade nessa forma de transporte é grande. Isso se deve ao fato da grande degradação e falta de investimentos no setor. Prova disso são as péssimas condições de algumas rodovias.

Estimativas apontam que cerca de 30% da malha viária brasileira esteja em condições precárias, devido a falta de manutenção. Apesar do crescimento da demanda, muitas estradas ainda permanecem sem qualquer pavimentação. Isso acaba refletindo no custo da operação no que diz respeito ao transporte de passageiros e mercadorias.

Outra consequência dessa falta de conservação vem por parte da quantidade de acidentes que acontece, a cada ano. Nesse mesmo sentido a degradação dos automóveis, ônibus e caminhões também é bastante acelerada. As mortes registradas por essa falta de conservação também é crescente.

Iniciativa privada

Por falta de dinheiro para investir na conservação das rodovias, a solução encontrada por certos governos é entregar as vias nas mãos da iniciativa privada. Por meio dela, concessionárias passam a administrar o perímetro, obrigando os motoristas a pagar pedágio para transitar por eles.

Os principais trechos administrados pela iniciativa privada no Brasil, são: a rodovia Anhanguera (BR-050/SP-330), Bandeirantes (SP-348), Imigrantes (SP-160), Castelo Branco (SP-280), Washington Luís (SP-310), Régis Bittencourt (BR-116/SP-230), Dutra (BR-116/SP-060) e Fernão Dias (BR-381).

Desvantagens do transporte rodoviário

Apesar de trazer grandes benefícios no quesito locomoção, o transporte rodoviário é responsável por causar alguns problemas. Ele é visto como o que consome mais investimentos para a conservação, dada pelos altos custos de pavimentação e conservação das vias. Isso é refletido no valor dos fretes e passagem.

Outro ponto vem da poluição ambiental. Os altos índices de dióxido de carbono (CO²) lançados na atmosfera causam a degradação da camada de ozônio.

O combustível que faz movimentar os veículos também entra na conta das desvantagens, já que o principal deles é obtido através de recursos naturais não renováveis, como é o caso do petróleo.