Muitas vezes usamos os verbos ver e vir da forma errada, sem saber se estão adequadas em seu contexto ou não. No entanto, precisamos estar atentos para passar longe de pequenos erros que podem ser evitados quanto às regras gramaticais. Um verbo pode assumir a forma do outro, neste caso.
Como seria a forma correta de falar:
- Se meu pai me ver
- Se meu pai me vir
E aqui:
- Quando meu pai me ver
- Quando meu pai me vir
Para entender melhor, vamos a conjugação.
Conjugação dos verbos
Ver
Se eu vir
Se tu vires
Se ele vir
Se nós virmos
Se vós virdes
Se eles virem
Vir
Se eu vier
Se tu vieres
Se ele vier
Se nós viermos
Se vós vierdes
Se eles vierem
Com a conjugação, podemos concluir que o certo seria “quando meu pai me vir”, certo?
Esclarecendo a confusão
“Ver” e “vir” são verbos que causam confusão quando são empregados no futuro do subjuntivo, pois assumem um a forma do outro, semelhante ao que acontece com verbos derivados de ver como “antever”, “rever”, “entrever”, e “prever”, por exemplo, e com os verbos derivados de vir, como “sobrevir”, “provir”, “convir”, “intervir”, “advir”, entre outros.
Pode-se, em ambos casos citados como exemplo, extrair o futuro do subjuntivo da terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo. Nesse caso, por exemplo, vamos usar o verbo “ver”. Eles viram: tira-se o sufixo – am – e têm-se a primeira pessoa do futuro do subjuntivo.
Fácil, né? O mesmo vale para o verbo “vir”. Eles vieram: elimina-se a terminação – am – e têm-se “vier”, a primeira pessoa do futuro do subjuntivo.
Conjugação no futuro do subjuntivo
Ver
Vir
Vires
Vir
Virmos
Virdes
Virem
Vir
Vier
Vieres
Vier
Viermos
Vierdes
Vierem
Prover
O verbo prover, no entanto, é uma exceção da conjugação de verbos terminados em ver. Nesse caso, conjuga-se como ver, mas regular no perfeito:
Provi
Proveste
Proveu
Provemos
Provestes
Proveram
E no imperfeito do subjuntivo
Prover
Proveres
Prover
Provermos
Proveres
Proverem
Concordância
O verbo “ser”, diferente dos outros, acaba sem concordar com o sujeito em algumas frases para concordar com o predicativo do sujeito. Por exemplo, na frase “O resto é silêncio”, o predicativo do sujeito é o silêncio, uma vez que trata-se de um predicado nominal.
Já na frase “Nem tudo são flores”, o verbo concorda com o predicativo que está no plural.
Quando temos dois pronomes pessoais, o verbo concorda com o primeiro nome: “Ela não é eu”.
Quanto temos predicativo com pronome demonstrativo “o”, concorda preferencialmente com o predicativo: “Amigos foi o que lhe faltou”.
Quando temos sujeito expresso por medida ou quantidade, concorda preferencialmente com o predicativo: “Dez anos de casados não é fácil”.
Quando temos sujeito indicando a data, tempo ou distância, o verbo vai concordar com o predicativo, mas se houver mais de número, o verbo concordará com o que estiver mais próximo: “São 20 de setembro”, “É 1° de abril”.