O assoreamento é um fenômeno ocasionado pelo acúmulo de detritos ou sedimentos nos leitos dos rios.
O assoreamento é um processo natural, no entanto, pode ser intensificado pela ação antrópica (humana).
Com o assoreamento, há mudanças no curso dos rios, córregos e das lagoas. Quando há uma obstrução no curso do rio, este cria novas rotas para continuar fluindo, o que pode atingir áreas ocupadas pelos seres humanos.
Esse fenômeno pode também prejudicar o deslocamento de pessoas através das águas dos rios, especialmente quando bancos de areia são formados.
Existem medidas que podem ser tomadas para evitar esse processo, sendo a principal delas a preservação das matas ciliares no entorno dos rios.
O que é assoreamento?
O assoreamento é um fenômeno que ocorre naturalmente no meio ambiente, mas que pode ser intensificado pelas ações humanas. É um processo no qual há acúmulo de detritos, sedimentos e mesmo lixo no leito dos rios.
Esses materiais podem ser oriundos dos processos naturais de erosão, transporte e sedimentação. Um exemplo disso é o intemperismo que ocorre nas rochas, e que carrega sedimentos para áreas menos elevadas do terreno.
Os materiais que causam assoreamento podem se originar também nas atividades humanas, como o descarte de lixo em local inapropriado e resíduos de construções.
O assoreamento acontece especialmente em regiões rebaixadas do terreno, como os fundos de vales, rios e os mares.
O assoreamento dos rios
Os rios sofrem com o processo do assoreamento. Este fenômeno acontece naturalmente no meio ambiente, já que processos erosivos desgastam rochas e solos a todo tempo, gerando sedimentos. No entanto, o assoreamento é mais evidente devido a ação humana, já que atividades antrópicas geram resíduos diversos.
Os rios seguem um curso natural e com o assoreamento há um acúmulo de detritos, sedimentos e lixo no fundo destes rios. Com isso, pode haver uma alteração do curso do rio, o qual, quando obstruído, pode criar novos canais de escoamento.
Com isso pode acontecer um desequilíbrio natural dos ecossistemas, matando animais aquáticos e colocando espécies em risco. Além disso, locais antes alagados podem ficar secos, e locais que eram secos podem alagar.
Causas e consequências
As causas do assoreamento são:
- Processos naturais de erosão;
- Desmatamento;
- Remoção das matas ciliares;
- Descarte inadequado de lixo;
- Remoção da cobertura vegetal dos solos;
- Impermeabilização dos solos;
- Atividades humanas que gerem resíduos (por exemplo a construção civil).
As consequências do assoreamento são:
- Obstrução parcial do curso dos rios;
- Formação de novos canais de escoamento das águas;
- Criação de bancos de areia e limitação das águas para navegação;
- Alteração das características dos rios (turbidez, por exemplo);
- Falta de oxigênio nos rios, com mortalidade de espécies aquáticas.
Como evitar
Algumas medidas são úteis para evitar que o assoreamento aconteça, como:
- Preservação da cobertura vegetal;
- Não exposição dos solos aos agentes erosivos;
- Preservação da mata ciliar;
- Não desmatar;
- Não descartar lixo em locais inadequados;
- Não descartar lixo nos rios, lagos e mares;
- Evitar o descarte de resíduos industriais nas águas dos rios.
- O assoreamento é um fenômeno natural, mas pode ser intensificado pela ação humana.
- O assoreamento é o acúmulo de detritos, sedimentos e mesmo lixo no fundo dos rios.
- O assoreamento pode ocasionar uma obstrução parcial do curso do rio, criando novos canais de escoamento.
- Com o assoreamento, pode haver uma alteração na água do rio, causando até mesmo a morte de animais aquáticos.
- Os bancos de areia podem limitar o transporte aquáticos em locais assoreados.
- Para evitar o assoreamento é necessário preservar a cobertura vegetal sobre os solos, não desmatar, não retirar a mata ciliar, não jogar lixo em local inapropriado.
Exercícios resolvidos
*Luana Polon é Mestre em Geografia e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU) e em Educação Profissional e Tecnológica (São Braz).
Referências
» SOUBHIA, Paula Flumian; BIANCHINI, Uriel Cardoso. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Erosão e assoreamento em áreas urbanas. Disponível em: . Acesso em 12 mar. 2020.
» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.