Por Katharyne Bezerra em 16/01/2017

Nós sabemos o quanto a água é um importante recurso para o meio ambiente e para manter a nossa qualidade de vida. De acordo com o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) existem 12 regiões hidrográficas no Brasil.

Estas áreas, também conhecidas como bacias de drenagem, são responsáveis por conter a água escoada de um rio ou de um sistema conectado de rios (riachos, córregos). A importância dessas zonas está relacionada às suas funções, que são a de abastecer populações e abrigar algumas atividades econômicas.

Dentre as regiões hidrográficas do território brasileiro está a Bacia Atlântico Nordeste Oriental, que percorre seis estados do Nordeste e fornece recurso hídricos para as principais capitais dessa região.

Bacia Atlântico Nordeste Oriental, uma das principais do Brasil

Foto: depositphotos

Quais as características da Bacia Atlântico Nordeste Oriental?

Segundo a Agência Nacional de Águas, essa bacia de drenagem tem uma área de 286.802 km², o que equivale a 3,3% do território brasileiro. Por possuir todo esse tamanho, passam por seis dos nove estados nordestinos, são eles: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Deste modo, conseguem abastecer as metrópoles e as grandes cidades da região.

Como possui uma área vasta, é composta por diversos rios, os principais são: Açu, Acaraú, Apodi, Capibaribe, Jaguaribe, Mamanguape, Una, para citar alguns. Destes, o de maior extensão é o rio Jaguaribe, que possui 610 km, nascendo nos planalto do sul cearense.

Todos esses rios fornecem água que serve para o consumo de aproximadamente 21,6 milhões de pessoas, que moram nas cidades metropolitanas, como Recife, Fortaleza, Maceió, Natal e João Pessoa. Além destas, o recurso hídrico vindo da Bacia Atlântico Nordeste Oriental abastece as grandes cidades como Caruaru, Mossoró, Campina Grande e outras.

A vegetação da bacia de drenagem no Nordeste

O Brasil, como um todo, possui uma vasta vegetação. A da região Nordeste, por exemplo, vai desde a mata atlântica até a mata dos cocais, que ainda possui seus ecossistemas como o cerrado, a caatinga, a vegetação litorânea e a mata ciliar. Já a área da bacia contempla, além destes citados, os biomas costeiros e insulares.

Apesar de toda essa diversidade, muitas das vegetações nativas foram, e estão sendo, devastadas. Se tomar como exemplo a caatinga, será possível perceber a destruição causada pela pecuária que invadiu os sertões.

Outro caso é o da Zona da Mata, desmatada para a implantação e cultivo da cana-de açúcar. Esses são só alguns dos inúmeros modelos dos impactos ambientais provocados pelo extrativismo vegetal e pela evolução da ação humana sobre a natureza.