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Bicho geográfico: verme que pode afetar animais e humanos

A julgar pelo próprio nome, no primeiro contato, muita gente pode não identificar o “bicho geográfico” como sendo o nome de uma doença causada pela ação de parasitas que pode atingir qualquer pessoa. O causador da enfermidade é conhecido como larva migrans cutânea, que entra no corpo através de feridas ou cortes na pele.

Caso não seja tratada da forma correta, o bicho geográfico pode trazer algumas consequências sérias para o paciente. Na totalidade dos casos, esses parasitas estão presentes no intestino de animais domésticos, a exemplo dos gatos e cachorros, sendo transmitido através das fezes.

A incidência maior dos casos da doença são registradas em áreas litorâneas, sobretudo de países com clima tropical e subtropical, a exemplo do Brasil. Isso acontece porque os donos levam os animais de estimação para passear nos calçadões ou até mesmo na beira-mar, que acabam defecando por lá.

Bicho geográfico: verme que pode afetar animais e humanos

Foto: Reprodução/ internet

Além do mais, a doença também é propícia de ser contraída em parquinhos e caixa de areia, já que a presença de animais domésticos também é frequente. Por isso, ao menor sinal de qualquer alteração no corpo, o médico deve ser consultado. Quanto aos bichinhos de estimação, os donos também devem ficar atentos.

Sintomas do bicho geográfico

É bom que fique bem claro que os primeiros sintomas de infecção pelo bicho geográfico não aparecem de imediato. Ele pode demorar até meses para se manifestar. Isso porque, a larva fica adormecida abaixo da pele, o que pode ocasionar no aparecimento de sintomas que identificam a sua presença.

Os mais comuns deles são: coceiras na região onde a larva está alojada, que começa a piorar durante o período noturno; sensação de movimento por baixo da pele; vermelhidão na pele, inchaço e aparecimento de ondulações na pele, delineando o caminho por onde a larva passou.

Quando a doença está ativa é comum que seja observado muitas das características descritas acima. Uma das que chamam a atenção é o caminho feito pela larva, que acaba formando uma espécie de caminho. A lesão pode avançar cerca de um centímetro por dia.

Formas de tratamento

Assim que a doença é identificada, o paciente deve consultar o médico de imediato. O especialista mais indicado é o dermatologista, que realizará exames específicos para comprovar que realmente está lidando com o bicho geográfico. O tratamento será iniciado com a utilização de medicamentos por via oral e também direto no local.

A partir de dois a três dias após o início do tratamento, o paciente já vai perceber que os sintomas da doença já estão sendo reduzidos. É importante que o tratamento seja seguido à risca até que o parasita seja totalmente eliminado. Outros tipos de tratamentos caseiros também podem ser realizados, mas é bom sempre contar com a supervisão médica.

Evitando o contágio

A maneira mais fácil de evitar o contágio do bicho geográfico é evitando andar em áreas onde seja frequente a presença de animais de estimação sem qualquer tipo de calçado nos pés. Além do mais, os animais devem sempre ser levados ao veterinário, já que eles estão propícios ao contágio de parasitas e vermes.