Esse caso do aumento das espécies pode ser observado em ratos almiscarados. Quando aumenta a população a ponto de não terem mais lugares para construir ninhos, os machos começam a matar e se alimentar das fêmeas e dos filhotes indefesos.
Essa situação também se aplica aos caranguejos-aranha, de nome científico hyas araneus, que devoram os indivíduos mais jovens, que ainda tem a carapaça mais mole.
O canibalismo intrauterino acontece no caso de algumas espécies de tubarões, como é o caso do tubarão-anequim, tubarão-anequim-de-barbatanas-compridas, tubarão-mangona e tubarão-touro. Os embriões mais fortes devoram os que são mais fracos, além dos ovos que não foram fecundados.
Algumas espécies não-canibais praticam o canibalismo em determinadas situações, como mencionado anteriormente. Como exemplo, podemos citar o caso de pintinhos ou porcos que são criados para o abate, que quando tem infraestrutura ou manejo inadequado, podem vir a cometer o canibalismo.
O canibalismo entre humanos, denominado antropofagia, foi uma prática aceita culturalmente em tribos indígenas e astecas das Américas, da África e de algumas ilhas do Pacífico Sul. Porém, depois da colonização, a prática foi abandonada em sua maioria.
Existe, no entanto, alguns casos que deixam o mundo todo impressionado: assassinatos seguidos de canibalismo. Mas a prática pode ainda ser usada em casos diferentes, como foi o caso de 1972, em que 16 pessoas sofreram um acidente em um avião uruguaio que caiu na Cordilheira dos Andes. Os sobreviventes, sem opção para sobreviver, alimentaram-se da carne dos passageiros mortos em decorrência da queda do avião. O resgate somente aconteceu 71 dias após o acidente, de forma que a antropofagia salvou suas vidas.