Por Prof. Luana Polon em 24/05/2014 (atualização: 23/06/2020)

Os terremotos são fenômenos naturais caracterizados por tremores ou vibrações da crosta terrestre.

Eles também são chamados de abalos sísmicos e podem ser ocasionados pelo tectonismo ou pelos fenômenos vulcânicos.

Há algumas áreas do planeta Terra que são mais suscetíveis a ocorrência de terremotos, como aquelas localizada em áreas de limites de placas tectônicas.

Os terremotos podem causar danos de intensidade variada, de simples tremores até destruição de edificações, e até tsunamis!

O que é um terremoto?

Estrada rachada

Estrada rachada após a ocorrência de um terremoto (Foto: depositphotos)

Um terremoto é um evento que ocorre naturalmente na natureza, ou seja, sem que haja intervenção humana.

Ele consiste, basicamente, em tremores ou vibrações da crosta terrestre. Neste sentido, os terremotos são os movimentos internos do planeta Terra, que podem ou não serem sentidos pelos seres humanos. E que variam em intensidade e consequências.

Como ocorre

A crosta terrestre é a camada mais superficial do planeta Terra (as três camadas são núcleo, manto e crosta). Essa camada não é inteira, mas formada por vários blocos rochosos chamados de placas tectônicas.

Essas placas deslizam sobre o manto, formando um movimento chamado de tectonismo. Essa dinâmica das placas tectônicas é uma das responsáveis pela ocorrência de terremotos.

Outra causa para os terremotos é o fenômeno chamado de vulcanismo, que são os processos pelos quais o magma dos vulcões atinge a crosta terrestre, que podem ser através de erupções vulcânicas e intrusões magmáticas.

Ambos os processos – tectonismo e vulcanismo – ocorrem com maior incidência em áreas de contato entre as placas tectônicas, onde há grande atividade sísmica – terremotos.

Consequências de um terremoto

Kathmandu, Nepal, em 2015. Um tremor de magnitude 7,8 atingiu o lugar, sendo considerado o pior do Nepal desde 1934 (Foto: depositphotos)

As consequências dos terremotos estão diretamente ligadas ao grau de magnitude destes. Podem ocorrer, variando do mais fraco ao mais forte:

  • Vibrações;
  • Oscilação de objetos suspensos;
  • Janelas e louças tremendo e fazendo barulho;
  • Deslocamento de objetos;
  • Quebra de objetos;
  • Livros caem de estantes;
  • Rachaduras em estruturas;
  • Escorregamento em barrancos;
  • Quedas de muros e construções em alvenarias;
  • Destruição de monumentos, torres, caixas d’água;
  • Galhos de árvores que se quebram;
  • Danos em construções (mesmo as mais reforçadas);
  • Tubulação subterrânea rompida;
  • Rachaduras visíveis nos solos;
  • Construções destruídas até a fundação;
  • Grandes deslizamentos de terras;
  • Trilhos entortados;
  • Tubulações subterrâneas completamente destruídas;
  • Destruição enorme, com blocos de rochas deslocados.

Estas são algumas consequências dos terremotos, seguindo grau de intensidade, segundo a Escala de Mercalli.

As consequências sociais dos terremotos irão depender da destruição que estes causarão. Da mesma forma, as medidas políticas necessárias e os impactos econômicos serão condizentes com os danos que os terremotos farão em cada local.

O que é Escala Richter?

Sismógrafo

Sismógrafo registrando um tremor de terras (Foto: depositphotos)

A Escala Richter é a principal medida para classificar intensidade de um terremoto. Essa escala varia de 0 até 9,0 graus de magnitude. Os terremotos que se situam acima dos 7,0 graus são os mais destrutivos.

As magnitudes e seus prováveis efeitos, segundo a Escala Richter, são:

  • De 3,5 até 5,4: o tremor é percebido, mas não são originados grandes danos.
  • De 5,5 até 6,0: o tremor tem o potencial de danificar estruturas de edificações.
  • De 6,1 até 6,9: o tremor é bastante perigoso para áreas densamente ocupadas pela população.
  • De 7,0 até 7,9: o tremor pode causar grande destruição.
  • Acima dos 8,0: o tremor possui a capacidade de destruir cidades inteiras.

Para registrar as informações sobre os abalos sísmicos, os instrumentos utilizados são os sismógrafos. Este aparelho é um sensor que consegue detectar e amplificar os movimentos do solo.

Resumo do Conteúdo
Nesse texto você aprendeu que:

  • Terremotos são vibrações ou tremores da crosta terrestre.
  • As duas causas principais para os terremotos são o tectonismo e o vulcanismo.
  • Os terremotos são também chamados de abalos sísmicos.
  • As consequências dos terremotos variam em decorrência de sua intensidade.
  • Alguns terremotos são quase imperceptíveis pelas pessoas, outros causam completa destruição dos locais em que ocorrem.
  • Regiões localizadas em áreas de contato de placas tectônicas estão mais suscetíveis a ocorrência de terremotos.
  • A medida mais utilizada para classificar um terremoto é a Escala Richter, que vai de 0 até 9,0 graus de magnitude.

Exercícios resolvidos

1) Explique qual a relação entre as placas tectônicas e a ocorrência de terremotos.
R: A crosta terrestre – que é a camada mais superficial da Terra – é formada por grandes blocos rochosos, que são as placas tectônicas. Estas placas se movimentam sobre outra camada da Terra, que é o manto. Ao se movimentarem, elas podem entrar em contato (limites convergentes), causando tremores.
2) Os terremotos estão relacionados também com o vulcanismo?
R: Sim, os terremotos estão relacionados com o vulcanismo. As atividades vulcânicas podem causar tremores no momento em que o magma é expelido do vulcão. Da mesma forma, quando há tremores de terras, podem ocorrer fraturas na crosta terrestre, pelas quais sairá material vulcânico.
3) Cite três consequências dos terremotos.
R: São algumas consequências dos terremotos: destruição de construções com estrutura precária; deslizamentos de terras em áreas suscetíveis; rachaduras em estradas.
4) O que é a Escala Richter?
R: É uma forma de medição da intensidade dos terremotos. Ela se baseia em graus de magnitude para classificar os terremotos. A Escala Richter se amplia do 0 aos 9,0 graus, sendo os piores terremotos aqueles que estão acima dos 7,0 graus.
5) Os terremotos podem ser evitados pelos seres humanos?
R: Não, pois os seres humanos não têm condições de controlar os movimentos internos do planeta Terra. O que pode ser feito é desenvolver tecnologias para previsão dos terremotos, amenizando suas consequências para a população. Além disso, áreas de grande risco, precisam ter construções com estruturas reforçadas, garantindo maior segurança para as pessoas.

*Luana Polon é Mestre em Geografia e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU) e em Educação Profissional e Tecnológica (São Braz).

Referências

» ADAS, Melhem; ADAS, Sergio. Expedições Geográficas. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2015.

» TEIXEIRA, Wilson (Org.) Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.