Por Débora Silva em 12/09/2016

Com certeza você já percebeu que as nossas vidas estão impregnadas de matemática, como, por exemplo, a sua idade, o número correspondente ao seu nome na lista de chamada na escola, o preço do seu salgadinho preferido e em muitas outras situações cotidianas. Você já parou para pensar na origem dos números e algarismos?

A história da matemática está intimamente relacionada ao processo evolutivo da humanidade, pois, com o passar do tempo, o homem percebeu a necessidade de uma única forma de representar as quantidades que apareciam no seu dia a dia.

O início

De acordo com estudiosos, a necessidade de contar já existia há aproximadamente 30.000 anos. No início das civilizações, a principal ferramenta de contagem se dava em termos comparativos. Por exemplo, o valor “um” podia ser representado pelo sol; o valor “dois” pelas mãos e assim por diante.

Conheça a história dos números e algarismos

Foto: depositphotos

Em algumas grutas foram encontradas imagens de animais e outros sinais, como pontinhos e riscos, que talvez indiquem a maneira de contar dos homens primitivos.

Naquela época, também existiam outras formas de representação numérica, como os riscos feitos em ossos e pedras, e cada região adotava uma forma diferente. Por exemplo, um pastor estabelecia que uma pedrinha correspondia a uma ovelha de seu rebanho e, desta maneira, era possível contar os animais.

Com o passar do tempo, o homem percebeu a necessidade de representar as quantidades de uma única forma. A história dos números e algarismos teve a colaboração de diversos povos: os sumérios (com a invenção da escrita), os egípcios, maias, gregos, hebreus, hindus, romanos e árabes.

Os egípcios foram um dos primeiros povos a criar um sistema de numeração, que tinha sete números-chave que, nos dias atuais, reconhecemos como os seguintes: 1, 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000 e 1.000.000.

Já o sistema numérico maia, assim como o egípcio, utilizava figuras para representar números, no entanto, diferenciava-se pelo uso da base vinte e de um símbolo para o zero.

Os gregos utilizavam as letras de seu alfabeto para representar números, como os símbolos  α, β e γ, que equivalem aos números 1, 2 e 3. Os povos hebreus também tinham um alfabeto numérico.

Os romanos inventaram o seu sistema de numeração, que ficaram conhecidos como números romanos. Estes são empregados até hoje na escrita dos séculos, capítulos de livros, nomes do papas etc.

E os números que nós usamos?

Pense nos números que você escreve ou lê mais frequentemente. Eles são representados por símbolos hindus, que hoje conhecemos como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, e foram criados no norte da Índia, em meados do século V da era cristã.

Mas os responsáveis pela divulgação deste sistema foram os árabes, e por este motivo, ficou conhecido como indo-arábico. Al-Khowarizmi, o maior matemático de todos os tempos, ficou responsável por traduzir os livros de matemática vindos da Índia.

Em uma das traduções, descobriu o Sistema de Numeração Decimal, com os símbolos que hoje são conhecidos como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. O termo “algarismo” é justamente uma homenagem ao matemático árabe.