Por Robson Merieverton em 11/08/2016

Figuras de linguagem ou de pensamento é um recurso da língua portuguesa que é usado para incrementar o significado das palavras no seu aspecto semântico, ou seja, das unidades linguísticas.

Ao todo, oito são as figuras de pensamento que se configuram por jogarem com a subjetividade.

Elas exploram a riqueza dos significados levantados a partir de uma simples ideia, dá liberdade de interpretação aos textos, trabalha com o implícito, além de vários outros mecanismos.

Usá-las em qualquer texto pode imprimir um significado muito além do óbvio.

Conhecendo as figuras de pensamento

A partir de agora, você verá, de forma detalhada, cada uma das oito figuras de pensamento, que são: antítese, gradação, eufemismo, hipérbole, perífrase, ironia, prosopopeia ou personificação e paradoxo.

Conheça e entenda as figuras de pensamento

Foto: Pixabay

Antítese

Está relacionada com a utilização de palavras de sentidos opostos em uma mesma frase ou período. Esses contrastes servem para dar maior ênfase aos conceitos envolvidos na construção do pensamento.

Exemplo: Alegria e tristeza são duas constantes da vida.

Gradação

A partir de uma sequência de palavras, determinada ideia pode ser intensificada. É uma progressão do pensamento, podendo variar entre uma ordem decrescente para crescente ou em forma contrária.

Exemplo: Minha prima sempre se achou bonita, linda, deslumbrante. Sempre se achou a mulher mais vistosa do mundo.

Eufemismo

É a figura de pensamento usada para tornar mais suave, ou menos agressiva, uma passagem.

Exemplo: Era uma moça de inteligência bastante limitada.

Hipérbole

O exagero é a sua marca. Ou melhor, no emprego dessa figura, a ideia é realçada por expressões usadas de forma intencional.

Exemplo: O filme foi tão emocionante que inundei o cinema de tanto chorar.

Perífrase

Por meio de uma expressão dada por alguma característica de um ser, essa figura de pensamento tem o poder de identificá-lo, ou fazer com que o pensamento se volte, imediatamente, para a pessoa.

Exemplo: O “Boca do Inferno” se revelou como principal representante do Barroco. (a expressão se refere a Gregório de Matos).

Ironia

Nesse caso, há um questionamento, muitas vezes, depreciativo ou sarcástico, no texto. Ele é percebido pela entonação, contradição dos termos ou pelo próprio contexto.

Exemplo: Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.

Prosopopeia ou personificação

Nesse caso, são atribuídas qualidades e características humanas a seres e objetos inanimados.

Exemplo: As flores estão dançando ao vento.

Paradoxo

Essa figura aproxima palavras que imprimem ideias opostas de forma a reforça-las. Ou seja, vai de encontro a ideia de afastamento, jogando pela aproximação. Uma verdadeira união dos opostos.

Exemplo: Esse menino parece que dorme acordado.