Com certeza histórias como a do Sítio do Pica-pau Amarelo fizeram parte da sua infância com seus personagens fantásticos como a Emília, a boneca de pano e seus amigos, Pedro, Narizinho, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Rabicó e a inimiga de todos, a Cuca.
Essa obra, inclusive, escrita por Monteiro Lobato e lançada em dezembro de 1920 – e adorada pelas crianças de diversas gerações –, foi destaque do autor que foi reconhecido por essa grandiosidade. Justamente por isso, o dia 18 de abril, dia de seu nascimento, ficou determinado como o Dia Nacional do Livro Infantil.
Muita gente por aí sequer sabia que existe uma data para isso. O Dia Nacional do Livro Infantil foi instituído no ano de 1922, com a Lei 10.402/02, que determinava que a data de nascimento do autor seria o dia oficial deste tipo de literatura.
O Sítio do Pica-pau Amarelo
Que o sítio e toda a turminha é encantadora, todos nós sabemos, mas a série tornou-se um programa televisivo 32 anos após o seu lançamento, em 1952, quando a televisão brasileira passou a apresentar cultura e diversão para as crianças e histórias de qualidade àqueles que não tinham acesso aos livros, tornando-se, portanto, um marco da televisão brasileira.
Monteiro Lobato
O autor dedicou-se, no decorrer de sua vida, a diversos tipos de obra, mas obteve muito destaque no segmento infantil, o que fez com que seu nome fosse referência entre os escritores de literatura infantil. Suas histórias envolviam fatos do cotidiano infantil e da fantasia do mundo imaginário em que vivem as crianças.
O escritor brasileiro era vinculado ao pré-modernismo e contribuiu com muitas obras, mas sua primeira história infantil, chamada “A menina do narizinho arrebitado” foi publicada no ano de 1920, e foi seu sucesso que garantiu o surgimento dos outros personagens e do Sítio do Pica-pau Amarelo.
Foi Lobato quem percebeu a importância da inserção dos elementos da cultura nacional como os costumes do povo do interior e as lendas do folclore brasileiro nas histórias feitas para crianças e jovens. Ele foi ainda o precursor da literatura paradidática que, além de brincar e ler, ajuda a criança a aprender.
Monteiro Lobato faleceu aos 66 anos, após dedicar-se à Academia Brasileira de Letras, além de diversas obras, deixando o seu legado e a sua marca na infância de muitos.
Obras infanto-juvenis de Monteiro Lobato
– Reinações de Narizinho
– Viagem ao Céu e O Saci
– Caçadas de Pedrinho e Hans Staden
– História do Mundo para as Crianças
– Memórias da Emília e Peter Pan
– Geografia de Dona Benta
– Emília no País da Gramática e Aritmética da Emília
– Serões de Dona Benta e História das Invenções
– D. Quixote das crianças
– Histórias de tia Nastácia
– O poço do Visconde
– O Picapau Amarelo e A reforma da natureza
– O Minotauro
– A chave do tamanho
– Fábulas
– Os doze trabalhos de Hércules 1° tomo
– Os doze trabalhos de Hérculos 2° tomo.