História

Cruzadas medievais

As denominadas Cruzadas Medievais foram as expedições ocidentais, formadas sob o comando da Igreja, para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém, a Terra Santa. Jerusalém, região considerada sagrada pelos cristãos, estava sob o domínio dos turcos seljúcidas, que passaram a impedir a peregrinação dos europeus, capturando e assassinando muitos peregrinos que visitavam o local.

Divisão no mundo cristão

Neste contexto, o mundo cristão estava dividido: por não concordarem com alguns dogmas da Igreja Romana, os católicos do Oriente fundaram uma outra igreja, a Igreja Ortodoxa. Jerusalém pertencia aos árabes e, até o século XI (início das Cruzadas), as peregrinações cristãs à região eram permitidas. Porém, no fim do século XI, os turcos seljúcidas tomaram a Terra Santa e proibiram o acesso dos cristãos à região.

Cruzadas medievais

Foto: Reprodução

As Cruzadas

No ano de 1095, o papa Urbano II, opondo-se a este impedimento, convocou as expedições com o objetivo de retomar Jerusalém. Além da Igreja, a nobreza feudal e as cidades mercantilistas, como Gênova e Veneza, também tinham bastante interesse no sucesso dessas expedições, pois visavam à conquista de novas terras e à ampliação de seus negócios até o Oriente. Entre os séculos XI e XIII, oito Cruzadas rumaram para o Oriente. Após a primeira Cruzada, que fracassou resultando na morte de muitas pessoas, foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários, que exerceram um papel militar importante nas Cruzadas seguintes. Somente a Sexta Cruzada, ocorrida entre 1228 e 1229, foi realizada de forma pacífica.

Veja a relação das Cruzadas medievais:

As consequências das Cruzadas

Embora não tenham alcançado os seus objetivos principais, as Cruzadas tiveram outras consequências, tais como:

– A expansão do mercado com o renascimento do comércio na Europa;
– O enriquecimento do Oriente;
– O fortalecimento do poder real;
– O enfraquecimento da aristocracia feudal;
– Mesmo após o fim das Cruzadas, as tensões entre cristãos e muçulmanos continuaram;
– Desenvolvimento de uma literatura com temas de guerras e feitos heroicos. Alguns contos de cavalaria, por exemplo, tiveram os conflitos das Cruzadas como principais temas.