O cerrado possui as principais bacias hidrográficas do país, além de uma rica biodiversidade. O pantanal, por exemplo, depende do cerrado para a sua sobrevivência, tendo em vista que a maior parte das nascentes dos rios que o abastecem, nascem no planalto da bacia hidrográfica, isto é, no cerrado. O bioma cerrado ocupa um quarto do território brasileiro, com uma área de 212 milhões de hectares, presente em 11 estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Seu bioma compreende três tipos de vegetações além de várias espécies de fauna e flora, sendo eles:
Os principais incentivos dentro da região do cerrado estimulam diretamente o desenvolvimento agrícola. Essa região se desenvolveu em alta velocidade, alcançando altos índices de competitividade com outras regiões produtivas do país. Se transformou no celeiro agrícola do país, com a produção de grãos e forte atividade em pastagens. Esse processo acelerou a degradação das terras, uma vez que não foram respeitadas as áreas inaptas às práticas agrícolas, causando perdas incalculáveis de biodiversidade do bioma do cerrado.
Para recuperar áreas cultivadas com florestas de produção agrícolas, após o desmatamento, basta eliminar as árvores plantadas para que ocorra a regeneração natural do cerrado, pois as espécies nativas permanecem no bioma.
Nos locais onde o impacto foi intenso, é comum encontrarmos plantas de cerrado em regeneração, porém, com baixa densidade, com a presença de um número restrito de espécies. Neste caso, é recomendado o plantio de enriquecimento, acelerando e ajudando na recobertura do terreno.
O trabalho ocorre em cima da recuperação das nascentes, que é realizada no Mato Grosso, e conta com a ajuda dos índios Ikpengs. Neste caso, coleta-se sementes de espécies nativas para vender aos agricultores e ambientalistas da região, realizando o plantio.