Por Lia Vieira em 13/03/2015 (atualização: 02/03/2015)

A descrição é a representação por meio de palavras das características de um objeto que as distingue de outros. Na descrição, representamos um ato considerado em termos linguísticos como a fotografia verbalizada. Isso faz parte das intenções do enunciador quando o assunto é relatar acerca das impressões captadas por um acontecimento, um determinado lugar, uma pessoa, um objeto qualquer e até mesmo um sentimento.

Isto é, encontramos na descrição a função de transmitir ao leitor a imagem, buscando trazer a atenção do leitor, formando uma imagem mental para ele acerca de determinado assunto. No entanto, dentro de uma descrição podemos encontrar dois tipos, a descrição objetiva e a descrição subjetiva, as quais vamos nos aprofundar neste artigo.

Descrição objetiva

A descrição objetiva do objeto é limitada a informar as impressões de forma direta e neutra. Nela não existem impressões do observador, neste caso a descrição se limita a tentar ser o mais próximo possível da realidade, do real. Nesta situação informa-se como ocorreu determinada situação de fato.

Como exemplo, podemos pensar em um jornal que se preocupa em passar a informação, relatando a notícia como realmente aconteceu. Isso deve ser feito nos jornais sem mencionar nada sobre o que o repórter pensou ou sentiu em relação ao que presenciou. Percebemos então que nessa situação, a informação é extremamente objetiva.

“O cantor era moreno, alto, olhos verdes, tímido e elegante. Subiu ao palco com sua banda de rock e mostrou todas as suas composições.”

No exemplo acima percebemos uma imparcialidade no que se refere ao discurso apresentado, desta forma enxergamos como ocorre uma descrição objetiva.

Descrição objetiva e subjetiva

Foto: Reprodução

Descrição subjetiva

Dentro da descrição subjetiva encontramos uma visão do observador através de juízos de valor, certo envolvimento, deixando claro algum posicionamento pessoal, algum julgamento íntimo do autor. Aqui encontramos impressões captadas, tornando nítido o envolvimento do observador com o objeto descrito, enxergamos o lado pessoal, com sentimentos e emoções através da descrição subjetiva informada.

Como exemplo, podemos citar uma pessoa que tenha visualizado uma praia pela primeira vez, e a descreve movida a emoções e sentimentos: “Lembro de quando cheguei à praia pela primeira vez… Senti uma grande emoção ao ver aquela imensidão de água… O sol estava encantador, brilhava forte, transmitindo conforto e alegria a todos ali presentes… Nunca me diverti tanto em toda a minha vida, foi um momento único de muito amor e paz.”

Percebemos então que na descrição subjetiva, encontramos mais registros das emoções do observador, que vai além dos registros específicos sobre como realmente era aquele determinado local, criando um misto de realidade com o que sentiu naquele momento.