Por Débora Silva em 08/05/2014

A principal característica da religião na Roma Antiga era o politeísmo, ou seja, a crença em vários deuses, com elementos que combinavam influências de diversos cultos ao longo de sua história, e assim, crenças etruscas (os etruscos foram um aglomerado de povos que viveram na península Itálica, na região ao sul do rio Arno e ao norte do Tibre, mais ou menos na região equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e a Úmbria), gregas e orientais foram sendo incorporadas aos costumes já tradicionais.

Deuses da Roma Antiga

Foto: Reprodução

Os deuses dos antigos romanos, assim como a religião praticada na Grécia Antiga, eram antropomórficos, o que quer dizer que eles possuíam formas e características (qualidades e defeitos) de seres humanos, de homens e mulheres.

Graças aos contatos culturais e às conquistas na península Balcânica, a religião grega foi absorvida pelos romanos. Entretanto, é importante ressaltar que a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega: os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península Itálica.

Os deuses romanos eram os mesmos da Grécia, com a diferença de que os romanos davam nomes latinos a esses deuses. Por exemplo, o pai de quase todos os deuses, era chamado de Zeus pelos gregos, porém, para os romanos, era Júpiter.

Os deuses gregos e os seus correspondentes em Roma

Deuses gregosDeuses romanos
ZeusJúpiter
HeraJuno
PoseidonNetuno
AtenaMinerva
AresMarte
ArtemisDiana
HermesMercúrio
DionísioBaco

Principais características da religião na Roma Antiga

Na Roma Antiga, uma prática religiosa bastante comum era a existência de santuários domésticos, onde os deuses lares e penates (deuses protetores do lar e da família) eram cultuados.

Havia a divisão entre o culto familiar e o culto público. O culto familiar era realizado no âmbito doméstico, conduzido pelo páter-famílias e celebrado com o fogo como o centro. Os deuses eram protetores da família, conhecidos como lares, e na celebração, alimentos são oferecidos e animais eram sacrificados.

Já o culto público era organizado pelo Estado através de funcionários públicos (o maior deles era o Sumo Pontífice), com o auxílio de sacerdotes e sacerdotisas. Em diversas províncias gregas foram erguidos templos para o culto público. Um dos grandes destaques do culto público foram as sacerdotisas vestais, mulheres virgens vindas de famílias patrícias que cultuavam a deusa Vesta, protetora de Roma.