A principal característica da religião na Roma Antiga era o politeísmo, ou seja, a crença em vários deuses, com elementos que combinavam influências de diversos cultos ao longo de sua história, e assim, crenças etruscas (os etruscos foram um aglomerado de povos que viveram na península Itálica, na região ao sul do rio Arno e ao norte do Tibre, mais ou menos na região equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e a Úmbria), gregas e orientais foram sendo incorporadas aos costumes já tradicionais.
Os deuses dos antigos romanos, assim como a religião praticada na Grécia Antiga, eram antropomórficos, o que quer dizer que eles possuíam formas e características (qualidades e defeitos) de seres humanos, de homens e mulheres.
Graças aos contatos culturais e às conquistas na península Balcânica, a religião grega foi absorvida pelos romanos. Entretanto, é importante ressaltar que a religião romana não era, como muitos afirmam, uma cópia da religião grega: os romanos incorporaram elementos religiosos etruscos e de outras regiões da península Itálica.
Os deuses romanos eram os mesmos da Grécia, com a diferença de que os romanos davam nomes latinos a esses deuses. Por exemplo, o pai de quase todos os deuses, era chamado de Zeus pelos gregos, porém, para os romanos, era Júpiter.
Os deuses gregos e os seus correspondentes em Roma
Deuses gregos | Deuses romanos |
Zeus | Júpiter |
Hera | Juno |
Poseidon | Netuno |
Atena | Minerva |
Ares | Marte |
Artemis | Diana |
Hermes | Mercúrio |
Dionísio | Baco |
Principais características da religião na Roma Antiga
Na Roma Antiga, uma prática religiosa bastante comum era a existência de santuários domésticos, onde os deuses lares e penates (deuses protetores do lar e da família) eram cultuados.
Havia a divisão entre o culto familiar e o culto público. O culto familiar era realizado no âmbito doméstico, conduzido pelo páter-famílias e celebrado com o fogo como o centro. Os deuses eram protetores da família, conhecidos como lares, e na celebração, alimentos são oferecidos e animais eram sacrificados.
Já o culto público era organizado pelo Estado através de funcionários públicos (o maior deles era o Sumo Pontífice), com o auxílio de sacerdotes e sacerdotisas. Em diversas províncias gregas foram erguidos templos para o culto público. Um dos grandes destaques do culto público foram as sacerdotisas vestais, mulheres virgens vindas de famílias patrícias que cultuavam a deusa Vesta, protetora de Roma.