Por Débora Silva em 01/11/2014

Denomina-se Império Romano o período da história de Roma que se iniciou em 27 a.C., com a chegada de Otávio ao poder, e que se estendeu até 476 d.C. Este período da história romana é dividido em duas etapas: Alto Império (27 a.C. a 235 d.C.) e Baixo Império (235 d.C. a 476 d.C.). No Alto Império, período em que apareceram as dinastias do Império Romano, as instituições romanas alcançaram o seu apogeu, tendo as seguintes características: modo de produção escravista em pleno desenvolvimento, período de estabilidade política com alguns momentos de crise e aproximação das elites das províncias às que se situavam no centro do Império.

Dinastias do Império Romano

Foto: Reprodução

Quais foram as dinastias do Império Romano?

Durante o período do Alto Império, primeira etapa do Império Romano, quatro dinastias sucederam-se no poder: A Júlio-Claudiana (14-68), a dos Flávios (69-96), a dos Antoninos (96-192) e a dos Severos (193-235).

As características das dinastias

A seguir seguem algumas características das dinastias do Império Romano.

  • Dinastia Júlio-Claudiana – Dinastia que vigorou entre 14 e 68, sucedeu Otávio e foi marcada por disputas pelo poder e por algumas ações consideradas imorais, no âmbito pessoal e no administrativo. Esta dinastia iniciou o processo de desestruturação do Império, principalmente pelo enfraquecimento do escravismo e das disputas políticas. O imperador Tibério Cláudio, sucessor de Cláudio, foi popularmente desaprovado por ter assassinado um popular general. Ele próprio acabou sendo assassinado, em Capri. Além de Tibério Cláudio, outros imperadores que se destacaram nesta dinastia foram Calígula e Nero.
  • Dinastia dos Flávios – A dinastia dos Flávios (69-96) teve início com o governo de Vespasiano, responsável por mandar construir o grande Coliseu de Roma, para as lutas de gladiadores. Ele também sufocou revoltas na Judeia, sendo que o conflito na região durou vários anos e só foi controlado pelo seu filho Tito. Tito (79-81) sucedeu Vespasiano e, durante o seu reinado, presenciou um incêndio e uma peste em Roma, além da erupção do vulcão Vesúvio, com o consequente soterramento das cidades de Pompeia e Herculano.
  • Dinastia dos Antoninos – Na dinastia dos Antoninos (96-192), Roma foi governada pelos imperadores Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio, Marco Aurélio e Cômodo. Neste período, houve novamente a estabilidade e prosperidade para as classes dominantes de Roma. Durante o governo de Marco Aurélio, também chamado de “imperador filósofo”, iniciou-se o processo das invasões do território romano pelos bárbaros.
  • Dinastia dos Severos – A dinastia dos Severos (193-235) não conseguiu conter a decadência do Império, por causa da pressão dos povos bárbaros, das grandes crises e do fim das conquistas territoriais. Nesta dinastia, destaca-se o nome de Caracala (211-218).