História

Entenda a civilização e a monarquia romana

Ao longo da história, a herança cultural deixada pelos romanos contribuiu para transformá-los no mais importante e influente povo da civilização ocidental. Além disso, alguns dos seus feitos são sentidos até hoje, mesmo já tendo se passado séculos e séculos.

Os romanos são responsáveis pela construção do maior império da antiguidade, com domínio estendido entre os territórios da Europa Ocidental, o Norte da África, o Egito, a Ásia Menor, a Palestina e a Mesopotâmia.

Estima-se que o início dessa civilização tenha começado no ano de 753 antes de Cristo, seguindo atuante até a sua queda, no ano de 476 depois de Cristo.

Entenda a civilização e a monarquia romana

Foto: depositphotos

Para entender mais sobre a importância desse povo, a história política da Civilização Romana foi dividida em três fases: Monarquia, que foi iniciada no século VIII a.C. seguindo até meados do século VI a.C.; República, que foi constituída entre o século VI a.C. a 27 a.C.; e Império, datado do ano 27 a.C. a 476 d.C.

Monarquia

Na Civilização Romana, o povo acreditava que a origem do rei tinha ligação divina, por isso ele era visto como uma divindade. Ela foi constituída a partir da ocupação da região da Península Itálica.

Roma era localizada às margens do rio Tibre e perto do Mar Tirreno, tendo sua origem atribuída aos gêmeos Rômulo e Remo, sendo Rômulo coroado o primeiro rei de Roma. Os reis cuidavam de funções relacionadas à justiça, à religião e à guerra.

Além disso, eles contavam com ajuda do Senado para governar. Essa formação era constituída por chefes dos clãs e grupos familiares.

O período onde vigorou a monarquia na Civilização Romana foi marcado pela invasão de outros povos, que se estendeu por cerca de 100 anos. Foi no ano de 509 a.C., que os romanos derrubaram o rei etrusco e deram início a mais uma fase da sua existência: o regime republicano, onde, no lugar do rei, elegeram dois magistrados para governar.

República

O governo republicano teve início na Civilização Romana com a sociedade dividida em quatro classes: Patrícios, Clientes, Plebeus e Escravos. Foi uma época marcada por uma luta interna, entre a plebe e os patrícios, que se estendeu por cerca de 200 anos.

O que motivou tudo isso foi a decadência política, social e econômica. Mesmo com esses problemas, a civilização seguiu expandindo seus domínios, conquistando quase toda a Península Itálica e o Mediterrâneo.

Todos os territórios conquistados passaram a ser divididos em províncias, o que trouxe certa submissão ao governo de Roma. Isso foi convertido no pagamento de impostos.

Para que toda essa conquista fosse possível, o poderio de guerra da Civilização Romana era formada por grupos que ficaram responsáveis pela construção de estradas, desenvolvimento de armas e aperfeiçoamento da construção de fortificações.

A disciplina militar era severa. Os soldados que desrespeitassem os comandos era punidos com espancamentos, em alguns casos, até era decapitados.

As sucessivas conquistas provocaram grandes transformações sociais, econômicas e políticas em Roma, induzindo a formação de um nova camada de comerciantes e militares, que foram enriquecendo com as novas atividades que também foram surgindo em paralelo. Eles sofreram grandes influências da cultura grega.

Essas transformações resultaram na divisão da sociedade em dois partidos: o partido popular, constituído por homens novos e desempregados, e o partido aristocrático, formado pelos grandes proprietários rurais. Foi essa divisão que caracterizou a decadência da República Romana.

Império

Durante essa fase, dois nomes acabaram entrando para a história da Civilização Romana, são eles: Julio César e Augusto. Eles surgiram após o fim dos conflitos. Julio César tornou-se ditador, apoiado pelo exército e pela plebe urbana.

Com os títulos que foi acumulando do Senado, tornou-se se Pontífice Máximo e passou a ser Ditador Perpétuo, o que lhe deu total poder sobre a Constituição, sendo responsável pela escolha dos senadores e comando do exército e províncias. Ele tinha posição de divindade, sendo venerado por toda a sociedade.

No dia 15 de março de 44 a.C., Julio César foi assassinado. Quem ocupou o trono no seu sucessor foi Otávio, que recebeu o título de Augusto, que significava “Escolhido dos Deuses”. Seu governo marcou o início de um longo período de calma e prosperidade.

Na escolha por um sucessor, Augusto nomeou Tibério, um dos seus principais colaboradores. Após a morte de Augusto, houve quatro dinastias de Imperadores: Dinastia Julio-Claudiana (14-68), Dinastia dos Flávios (69-96), Dinastia dos Antoninos (96-192) e Dinastia dos Severos (193-235)

A queda do império

No ano de 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se, restando apenas o Império Romano do Oriente. Sua capital era situada em Constantinopla, que também passou a ser conhecido como Império Bizantino.

O título se deu ao fato do lugar ter sido construído onde antes existia a colônia grega de Bizâncio. Durante toda a Idade Média, Roma manteve parte da sua antiga importância, mesmo com a população reduzida.