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Entenda o gênero textual ‘diário’ e suas características

Você já pensou em utilizar uma espécie de caderno para anotar os acontecimentos mais importantes do seu dia? O diário é um instrumento de produção de cultura utilizado no mundo inteiro, que serve para registrar as experiências cotidianas, situando-as no tempo.

Como você deve se lembrar, todos os textos – sejam eles orais ou escritos – possuem algumas características específicas que permitem a sua classificação em determinado gênero textual. O diário é um dos gêneros textuais que podemos encontrar na nossa vida cotidiana.

Quais são as características do diário?

O diário é um dos gêneros da chamada literatura autobiográfica, no qual são relatados acontecimentos cotidianos a partir de um ponto de vista pessoal. Trata-se de um texto escrito em linguagem informal, com o registro da data, e de caráter confidente, sendo que o(a) próprio(a) escritor(a) costuma ser o(a) destinatário(a).

No geral, o diário é escrito em primeira pessoa e, dependendo de sua função, pode ser utilizado como algo público, privado, comunitário ou pessoal.

Imagem de livros abertos e xícara em cima de mesa

Foto: Depositphotos

Confira a seguir as características do gênero textual diário:

Qual é a estrutura do diário?

Geralmente, um diário é formado pelas seguintes partes: vocativo, data, desenvolvimento e assinatura.

É bastante comum iniciar o texto com o vocativo “Meu querido diário”, pois não será direcionado a uma pessoa específica.

Exemplos de diário

Alguns modelos de diário são os seguintes: Caderno de Segredos (Lino de Albergaria), O Diário de Anne Frank (Anne Frank) e Vozes Roubadas (Zlata Filipovic).

Confira a seguir um trecho retirado de “O Diário de Anne Frank”:

“Domingo, 14 de junho de 1942
Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)

Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.”

*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas).