As expressões linguísticas são aqueles termos ou frases que possuem um significado diferente daquele que as palavras teriam isoladamente. Esses termos trazem com eles traços culturais de determinada região onde são utilizados. Boa parte deles possui origem de alguma situação histórica ou de alguns hábitos que eram praticados pelas populações antigamente e que nos dias de hoje podem ter sido esquecidos.
O uso dessas expressões é muito importante para a comunicação informal, tanto na escrita quanto na fala, sendo bastante utilizadas em discursos e correspondência formal.
A pessoa que escreve ou fala, ao usar expressões idiomáticas tem como motivo a vontade de incluir na frase algo diferente que do que é pregado pela linguagem convencional. Ao utilizar esse tipo de expressão, essa pessoa pode fazer com que a frase tenha mais força ou suavidade, deixando-a mais rica. O poder de enfatizar os sentimentos de alguém fica mais claro. E o uso das expressões idiomáticas para alguém que fala, pode definir o seu grau de domínio. Vejamos alguns exemplos:
Acabar em pizza | Geralmente é usada quando uma situação mal resolvida chega-se ao fim. |
A dar com pau | Significa em grande quantidade |
Água que passarinho não bebe | Significa cachaça, pinga. |
Acertar na mosca | Acertar no alvo, ser preciso. |
Acha (produrar) chifre em cabeça de cavalo. | Procurar algum problema onde não existe. |
A céu aberto | Significa fazer algo ao ar livre. |
Advogado do diabo | Pessoa que defende alguém que não é digno de defesa. |
Agarrar com unhas e dentes | Fazer de tudo para não perder aquele algo. Por exemplo, uma oportunidade de emprego. |
Essas expressões idiomáticas não vieram do nada. No Passado essas expressões eram utilizadas mas com tendo um sentido diferente da que conhecemos hoje.
Por exemplo, a expressão tirar o cavalo da chuva é entendida como tirar a intenção de alguém, de fazer algo que estava pensando. Mas antigamente, como foi observado no livro “A casa da Mãe Joana”, essa expressão estava relacionada à maneira de como se recebia as pessoas no ambiente doméstico. Pois os cavalos naquela época eram os meios de transporte, e ao chegar em algum lugar o local onde o cavalo fosse amarrado definiria se a pessoa iria ou não demorar naquela residência.
Outro exemplo se dá na expressão “motorista barbeiro”. Entendemos na atualidade como sendo aquele motorista que não tem uma boa condução de um veículo, que faz erros no trânsito. No passado o barbeiro era conhecido por fazer várias funções além do corte dos cabelos e barba, eles também faziam sangrias utilizando sanguessugas, retirava calos e extraiam dentes. Mas por não serem peritos nessas tarefas de forma perfeita e acabavam deixando marcas em seus clientes. Depois de um tempo, o termo “coisa de barbeiro” passou a ser usado na Europa para pessoas que acabavam fazendo uma tarefa de maneira errada. Mas essa expressão é originalmente brasileira quando se trata de alguém que não sabe dirigir bem.