Por Débora Silva em 04/10/2016

Infelizmente, a falta de moradia é um dos problemas sociais comuns no Brasil, ao lado do desemprego, violência e criminalidade, saúde e educação.

De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma grande parte do conjunto de cidades brasileiras não possui uma estrutura institucional capaz de desenvolver uma política adequada para a área da habitação.

As condições inadequadas de habitação no Brasil

Milhões de famílias brasileiras não possuem condições habitacionais adequadas. Principalmente nas cidades de médio e grande porte, encontramos muitas pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes, além da ocupação de favelas e barracos improvisados.

Falta de moradia: um problema comum no Brasil

Foto: depositphotos

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 11 milhões de pessoas vivem em favelas ou em moradias precárias no país. As moradias precárias são aquelas em que há ausência de infraestrutura, apresentando problemas como má distribuição de água, falta de rede de esgoto e coleta de lixo, energia elétrica, pavimentação, entre outros.

Ainda de acordo com o mesmo órgão, apenas 52% da população brasileira vive em condições regulares de residência.

Geralmente, as áreas urbanas onde vive a população mais pobre são desprovidas de escolas, postos de saúde, policiamento e outras infraestruturas. Ainda vale destaque outro triste dado: mais de 32 mil pessoas vivem em situação de rua no Brasil.

No mundo inteiro, o problema de moradia ocorre de maneira mais intensa nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que apresentam a desigualdade social mais acentuada.

O processo de urbanização e o problema da moradia

Os problemas referentes à moradia no Brasil têm uma estreita relação com o acelerado processo de urbanização ocorrido no país. Em poucas décadas, o país foi deixando de ser majoritariamente rural para tornar-se urbano, sendo que a expansão das cidades deu-se de forma contraditória.

Com um dos maiores processos de êxodo rural do mundo, as cidades brasileiras foram crescendo, mas sem a infraestrutura adequada para receber essa população. Consequentemente, no Brasil e em outros países, é comum a manifestação do processo denominado favelização.

Segundo o IBGE, os oito municípios brasileiros que possuem o maior número de favelas são: São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Guarulhos, Curitiba, Campinas, Belo Horizonte e Osasco.

A favelização é uma expressão dos problemas de moradia no Brasil, pois, devido à falta de condições sociais e financeiras, as famílias mais carentes constroem as suas casas em áreas de risco ou que não dispõem de serviços públicos básicos.