Por Priscila Melo em 20/09/2014

A Revolução Francesa trouxe muitos benefícios e mudanças na organização sociopolítica do mundo. Foi a partir dela que surgiram os poderes legislativo, executivo e judiciário e também a elaboração de um Código Civil onde estariam garantidos certos direitos. Veja agora as principais fases dessa revolução.compreenda um pouco mais do que aconteceu naquela época.

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Foto: Reprodução

Antecedentes da Revolução Francesa

Entre os principais motivos que fizeram a Revolução Francesa ter início estava a estrutura feudal que vigorava no país naquela época. Os camponeses, que eram a classe mais baixa, eram obrigados a pagar altos impostos, enquanto as classes mais altas apenas usufruíam do luxo. Além disso a população estava passando por uma fase difícil, onde as colheitas haviam sido fracas, os preços passaram a aumentar, a população começou a passar fome e o país entrou em crise.

A fim de tentar diminuir a insatisfação da população, o rei Luís XVI, convocou a Assembleia dos Estados Gerais, no ano de 1788 para que houvesse um acordo entre eles. Mas não deu certo, pois o rei dissolveu a assembleia e o povo se revoltou contra ele. De início invadiram a Bastilha e apresentaram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em seguida os camponeses passaram a ocupar as terras dos senhores e assim teve início a Revolução Francesa.

1ª fase da Revolução

A primeira fase dessa revolução, também conhecida como fase da Monarquia Constitucional, aconteceu de 1789 a 1792. Foi caracterizada pela criação da Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão e do Grande Medo. Foi nela que aconteceu a perda dos direitos que a aristocracia tinha desde o período feudal. Aconteceu assim a formação de uma monarquia constitucional.

Foi aprovada a Constituição, em seguida a separação dos poderes, a soberania da nação (através da votação) e também a substituição da Monarquia Absoluta pela Monarquia Constitucional.

2ª fase da Revolução

A segunda fase da revolução, também conhecida como Convenção Republicana e o Período do Terror, aconteceu entre os anos de 1792 e 1794. Essa foi uma fase muito radical e que era dominada pelos jacobinos que dissolveram a Assembleia Constituinte. Houve a criação de uma nova Constituição que garantia uma maior participação popular na administração do Estado. Os girondinos e jacobinos passaram a ter conflitos de interesses. No ano de 1793 foi aprovada a nova Constituição e com a radicalização das propostas das classes mais baixas houve então a execução do rei Luís XVI e de sua família na guilhotina.

Os girondinos não apoiaram essas execuções e acabaram sendo levados também à guilhotina, desta forma começou o Período do Terror. Os jacobinos eram liderados por Robespierre, quando havia alguma suspeita de franceses fazendo algum tipo de atividade que fosse contra a revolução os jacobinos mandavam para a guilhotina. Devido ao seu modo muito violento, muitas pessoas passaram a se unir contra Robespierre e no ano de 1795 ele foi guilhotinado, dando início ao Diretório.

3ª fase da Revolução

A terceira fase, também conhecida como Diretório, teve início no ano de 1794 e terminou em 1799. Com a queda dos jacobinos, a burguesia subiu ao poder, ou seja, os girondinos passaram a liderar. O Diretório era composto por cinco membros e existiam ainda duas assembleias: a dos Anciãos e dos Quinhentos. Conquistaram alguns privilégios que haviam perdido como o voto censitário e o fim das leis sociais do período anterior.

Foi nesse período que enfrentaram levantamentos populares e também uma crise econômica e social. Externamente, a França conseguia muitas vitórias contra as forças absolutistas da Espanha, Holanda, Prússia e reinos da Itália, em destaque temos as vitórias militares de Napoleão Bonaparte. Este, apoiado pelos girondinos, promoveu o Golpe 18 Brumário, que pós fim ao Diretório e deu início ao Consulado, em 1799, dando início assim a Era Napoleônica.