Ciências

Insetos: tipos, nomes e características

Nesse artigo você vai conhecer os tipos de insetos que existem, vai ver também os nomes e as características dessa classe de animais. Acompanhe isso e muito mais a seguir!

Os insetos representam o maior número de espécies animais conhecidas. Eles pertencem a um grupo de animais chamados de Filo Arthropoda ou artrópodes. Sendo assim, eles são o grupo mais diversificado entre os artrópodes e consequentemente, entre todos os animais.

Os artrópodes de modo geral, também apresentam uma grande variedade de animais. Por exemplo, de cada quatro espécies animais, três são artrópodes.

No grupo dos artrópodes estão as borboletas, as moscas, as aranhas, os caranguejos, os escorpiões, as centopeias, as libélulas, os besouros e muitos outros animais que você deve conhecer.

Os animais do filo artrópoda recebem essa classificação porque possuem as pernas articuladas, sendo esta uma característica marcante do grupo. Entretanto, os artrópodes não possuem apenas as pernas articuladas, mas também têm antenas e peças bucais.

Os insetos, por exemplo, possuem um par de antenas, três pares de pernas (patas) no tórax e seu corpo é dividido três regiões: cabeça, tórax e abdômen. Observe abaixo o esquema de um inseto.

Estrutura de um inseto

Os insetos são divididos em três partes: cabeça, tórax e abdômen (Imagem: Reprodução | Slideplayer)

Mas, o que é um inseto?

Os insetos são animais que apresentam o corpo dividido em três partes bem nítidas: cabeça, tórax e abdômen.

A maioria dos insetos que existem são terrestres, porém, algumas espécies conseguiram se adaptar à vida no ambiente de água doce. Raramente podemos encontrar alguns insetos na superfície de oceanos e em zonas entremarés.

O grande sucesso desses animais no ambiente terrestre pode ser atribuído principalmente a presença de um exoesqueleto e a evolução do voo. Veremos mais a diante o que seria esse exoesqueleto.

O voo permitiu aos insetos se deslocarem rapidamente, fugindo assim, dos predadores. Também favoreceu que os insetos buscassem novas fontes de alimento e locais com melhores condições para eles sobreviverem.

Muitas pessoas acham que as aranhas são consideradas insetos. Mas elas não são! As aranhas são artrópodes mas pertencem a classe Arachnida e esta classe agrupa as aranhas, os escorpiões, os ácaros e os carrapatos.

As aranhas e os aracnídeos de modo geral, possuem quatro pares de patas e não possuem antenas. Elas possuem o corpo dividido em somente duas regiões, chamadas de prossomo e opistossomo.

Além disso, as aranhas possuem quelíceras, que são estruturas envolvidas com a manipulação do alimento e, em algumas aranhas, serve para inocular o veneno em suas presas. As aranhas também apresentam estruturas chamadas de fiandeiras, que estão associadas a glândula de seda, que produzem fios de seda com os quais elas tecem suas teias.

Veja também: Importância dos insetos [1]

Para que serve o exoesqueleto?

O exoesqueleto é uma estrutura rígida que serve para proteger e dar suporte ao corpo dos animais. Por ser articulado, ele não impede que o animal se movimente e voe livremente.

O exoesqueleto é como se fosse um “esqueleto externo”, pois cobre externamente o inseto. O exoesqueleto é formado por uma substância química chamada quitina e essa quitina é recoberta por uma camada de cera.

Essa cera é muito importante, pois faz com que o animal seja praticamente impermeável à água. Isso foi muito importante para que os insetos habitassem o ambiente terrestre mesmo em regiões bem secas.

Como os insetos crescem?

Como aprendemos, o exoesqueleto reveste todo o corpo de fora do inseto e toda vez que o inseto cresce, ele vai passar por um processo chamado de muda ou ecdise. Quando isso acontecer, os insetos mudam o exoesqueleto e crescem durante o período em que o novo recobrimento de quitina ainda permite certa distensão.

A cada muda realizada é como se o inseto “trocasse de roupa”, ou seja, o animal abandona o exoesqueleto antigo e inicia um crescimento rápido, ao mesmo tempo que a epiderme começa a secretar um novo exoesqueleto.

Veja também: Aranha é inseto? Descubra tudo sobre esse animal! [2]

Ai o novo exoesqueleto formado endurece e o animal pára de crescer. Veja a imagem de um inseto realizando a muda.

Inseto fazendo a troca do exoesqueleto

A cada muda realizada é como se o inseto “trocasse de roupa” (Foto: Reprodução | Pinterest)

Qual a importância dos insetos?

Os insetos são os únicos animais invertebrados que possuem adaptações ao voo. Eles desempenham importante papel ecológico nos ecossistemas terrestres, onde são responsáveis pela polinização da maioria das plantas com flores.

Entretanto, existem insetos que causam sérios prejuízos à agricultura, tornando-se verdadeiras pragas que destroem ou danificam as plantações. Um exemplo são os gafanhotos, que chegam a formar as chamadas “nuvens”, acabando em pouco tempo com plantações inteiras.

Além disso, algumas espécies podem transmitir doenças, como é o caso dos mosquitos transmissores de malária, elefantíase, dengue e febre amarela. Os piolhos transmitem o tifo, as pulgas transmitem a peste bubônica e os barbeiros transmitem a doença de Chagas.

Como surgiram os insetos?

Os insetos surgiram provavelmente de ancestrais sem asas, parecidos com as atuais traças dos livros.

Durante a evolução do grupo, as primeiras asas que surgiram eram em número de quatro (um par anterior e outro par posterior) e se dispunham no corpo como as asas das libélulas atuais.

Depois, muitas modificações ocorreram e surgiu então, um mecanismo que propiciou a flexão das asas para trás, sobre o tórax e o abdômen, quando o inseto pousa. Isso permitiu que os insetos se refugiassem em locais estreitos.

Em alguns grupos, as asas anteriores (da frente) sofreram modificações, passando a proteger as asas posteriores (de trás), que permaneceram membranosas e responsáveis pelo voo. É o que acontece, por exemplo, com os besouros.

Veja também: Como funciona o sentido da visão nos invertebrados [3]

Como os insetos se reproduzem?

Os insetos têm sexos separados e sua fecundação é interna. São animais ovíparos, que podem apresentar três tipos de desenvolvimento:

1- Direto, sem metamorfose: o desenvolvimento sem metamorfose é porque não ocorre mudanças. Do ovo eclode um indivíduo jovem semelhante ao adulto. O adulto é a fase do ciclo de vida em que as gônadas estão maduras. Exemplo: traça dos livros.

2- Indireto, com metamorfose gradual ou incompleta: do ovo eclode uma forma chamada ninfa, que é semelhante ao adulto, mas não tem asas desenvolvidas. A ninfa origina o adulto. Exemplos: barata, percevejo e gafanhoto.

3- Indireto, com metamorfose completa: Do ovo eclode uma larva bastante distinta do adulto. Essa larva passa por um período em que se alimenta ativamente, para depois entrar em um estágio chamado de pupa, no qual pode haver a formação de um casulo protetor. É no estágio de pupa que ocorre a metamorfose: a larva transforma-se no adulto, que surge completamente formado. Depois da metamorfose o inseto não cresce mais. Exemplos: moscas, pulgas e borboletas.

*Natália Duque é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.