Júlio César cresceu em meio a grandes conflitos políticos, e com sorte conseguiu escapar com vida quando um grupo rival conservador, chamado de Optimates (Partido da Nobreza) se impôs na ditadura.
Júlio César alcança alguma atenção quando chega aos 30 anos, porém sua atenção é voltada mais para escândalos do que por seu talento. Acaba se tornando famoso por ter casos com mulheres casadas.
Para se destacar dentro de seu cargo público, César gastou mais do que suas posses permitiam, se endividando. Assumiu a posição de político populista radical, defendendo a distribuição de terras para veteranos de guerra e pobres. A elite romana o considerava sem escrúpulos, no desespero por riqueza e poder, e assim não tinham confiança em seu trabalho.
Júlio César decide em 60 a.C., realizar uma aliança com o rico general e político Marco Licínio Crasso e com Pompeu, o grande general de Roma, com o objetivo de dominarem a política romana.
A aliança garantiu a César a eleição de cônsul (alto cargo do Estado), que depois foi nomeado para governar as províncias romanas da Gália (França atual), sendo implacável nas campanhas contra tribos célticas e germânicas.
Júlio César decide seguir adiante, cruzou o Reno, fez incursões na Alemanha, alcançou o rio Tâmisa na Britânia, entre outros feitos, garantindo riqueza, glória e cada vez mais novos instrumentos para alcançar o poder. Participou de perigos nas marchas e batalhas com seus legionários, os enalteceu e os recompensou. Todos idolatravam Júlio César.
Em 50 a.C., o Senado romano era controlado por Pompeu, que ordenou que César (após um governo bem sucedido de dez anos na Gália) desmobiliza-se (anular a combatividade), o qual não foi aceito por César. César seguiu com suas legiões ao rio Rubicão, ocupando com facilidade Roma e assim iniciou uma guerra aberta contra Pompeu, em busca do domínio romano. Após dois anos de luta, em 48 a.C., César conquista a batalha de Farsalo, Pompeu foge, porém é morto no Egito um mês depois. César conquista o poder supremo de Roma.
Durante seu pequeno governo, César conseguiu reduzir pela metade o número de cidadãos romanos dependentes da ração de pão do Estado, e reformou o calendário (principal obra).
Antes da reforma, era baseado no calendário lunar, onde o ano romano tinha apenas 355 dias.
César criou o ano de 12 meses e 365 dias, e um dia a mais a cada quatro anos. Para alinhar Roma ao ciclo solar, o ano de 46 a.C., teve 445 dias. Este calendário foi utilizado na Europa até a introdução do calendário gregoriano, em 1582 d. C.
Um grupo de senadores motivados por ideais republicanos, comandados por Caio Cássio, Longino e Marco Brutos, com desejo de defender privilégios, conspirou para matar Júlio César.
César foi esfaqueado na Cúria, onde iria discursar no Senado. Sua morte causou grandes distúrbios, inclusive e o fim da República que os assassinos queriam tanto restaurar. Seu nome foi muito utilizado como título por todos os imperadores romanos, e é lembrado até hoje como talentoso e grande líder militar.