Por Lia Vieira em 22/11/2014

Biografia

Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete no Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1906, filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda Quintana. Mário Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro, fez suas primeiras letras em sua cidade natal, e em 1919, mudou-se para Porto Alegre, onde estudou em colégio Militar, e publicou suas primeiras produções literárias.

Mais tarde foi convocado para trabalhar na Editora Globo, se tornando empregado do jornal Correio do Povo, no Rio Grande do Sul. Seu primeiro livro de poemas, chamado “Rua dos Cataventos”, foi publicado em 1940.

Mário Quintana

Foto: Reprodução

Durante sua trajetória também desenvolveu trabalhos com tradução, tendo como primeiro feito a obra “Palavras e Sangue”, de Giovanni Papini, também interpretou obras de autores renomados como Marcel Proust, Honoré de Balzac, Graham Greene e Guy de Maupassant, sendo um dos responsáveis ao acesso do povo brasileiro à grandes obras da literatura internacional.

Seus poemas foram publicados no jornal Correio do Povo, onde trabalhou por quarenta anos, se tornando o veículo de maior divulgação de suas obras poéticas. Suas obras passaram a integrar em livros escolares, sendo publicadas em diversos exemplares, tanto na literatura quanto na língua portuguesa.

Ao completar sessenta anos de idade foi homenageado pelos amigos Paulo Mendes Campos e Rubem Braga, com uma obra de sua antologia poética, com sessenta poemas inéditos, que recebeu o prémio de melhor livro do ano. Recebeu premiações pelo conto “A Sétima Personagem” e em 1980 ganhou o prémio literário da Academia brasileira de Letras, o troféu Machado de Assis.

Mário Quintana faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994, aos 87 anos de idade, encontra-se sepultado no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre, em 2006, no centenário de seu nascimento, diversas comemorações foram realizadas no estado do Rio Grande do Sul em sua homenagem.

Estilo de escrever de Mario Quintana

É considerado o “poeta das coisas simples”, seus textos possuem uma linguagem simples, clara, que fala de sentimentos e faz alusões ao cotidiano, falando de amor, tristezas, infância e até mesmo da morte, entre outros temas.

Os dez melhores poemas de Mário Quintana

  • A Rua dos Cataventos
  • Do amoroso esquecimento
  • Segunda canção de muito longe
  • Emergência
  • Poeminho do Contra
  • Relógio
  • Os Poemas
  • Esperança
  • Envelhecer
  • Tic-tac

Curiosidade sobre o “Poeminho do Contra”

A pós a terceira tentativa de conquistar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, o poema faz referência a suas tentativas, onde diz: “Todos esses que aí estão, atravancando meu caminho, eles passarão… eu passarinho”.