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O que é a OTAN?

Você sabe o que é a OTAN? A OTAN foi criada em 1949, no contexto da chamada Guerra Fria, tendo como objetivo a proteção mútua entre os países que integravam o grupo. OTAN significa Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Esse grupo era comandado pelos Estados Unidos, bem como o Canadá e os países da Europa Ocidental.

O que significa a OTAN?

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (North Atlantic Treaty Organization – NATO), por vezes chamada também de Aliança Atlântica, foi um acordo feito entre os Estados Unidos e seus aliados durante o período da Guerra Fria.

Esse acordo tinha como base a proteção mútua entre os países no caso de ataques por parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e seus aliados.

Bandeira da OTAN

A OTAN significa Organização do Tratado do Atlântico Norte (North Atlantic Treaty Organization – NATO) (Foto: depositphotos)

Países integrantes

Os países que faziam parte da OTAN eram: Canadá, EUA, Islândia, Noruega, Dinamarca, Alemanha Ocidental, Turquia, Grécia, Itália, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França e Portugal.

Em 1952, a Grécia e a Turquia começam a fazer parte da OTAN, e no ano de 1955 quem entra para a organização é a Alemanha Ocidental. Na OTAN, quando um ataque era feito a um membro, era como se fosse feito a todos os membros, no sentido de que havia uma responsabilidade mútua entre estes países.

São membros do grupo atualmente: a Albânia, Alemanha, Bélgica, Canadá, Croácia, Dinamarca, Espanha, os Estados Unidos, a França, Grécia, os Países Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polônia, República Checa, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovênia.

Veja também: Quantos países tem a europa? Descubra! [1]

Importância

Essa organização existe até os dias de hoje. No início do século XXI, teve grande importância na defesa do EUA no Oriente Médio e na Ásia. Após os ataques ao World Trade Center, em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, a OTAN invadiu o Afeganistão.

A OTAN também esteve presente na Guerra dos Balcãs, em 1990, na área militar durante a guerra, mostrando assim que sua defesa para com as potências capitalistas estaria além da Guerra Fria.

Assim, a função da OTAN hoje continua sendo a defesa dos países membros, de modo a criar uma resistência e um projeto de proteção no caso de ataques armados contra qualquer um dos países que integram o agrupamento.

Objetivo da OTAN nos dias de hoje

Hoje em dia a organização ainda está muito presente no dia a dia das potências. Sua função principal é garantir a segurança militar no continente europeu e exercer influências nas decisões da região.

No site oficial da OTAN [2] consta que o grupo está aberto para “qualquer outro Estado europeu em posição de promover os princípios deste Tratado e contribuir para a segurança da área do Atlântico Norte”. Para isso, no entanto, os países interessados devem cumprir com um “Plano de Ação para a Adesão”.

Já os objetivos do grupo continuam basicamente os mesmos desde seu surgimento, sendo a garantia de liberdade e segurança dos seus membros através de meios políticos e militares. Portanto, a OTAN age em duas frentes principais, sendo elas a política e a militar.

No site oficial consta que dentro do objetivo político, o grupo “promove valores democráticos e promove entre os seus membros a consulta e a cooperação em matérias relacionadas com a defesa e segurança com vista a resolver problemas, desenvolver confiança e, a longo prazo, evitar conflitos”.

Já em relação ao pilar militar do grupo, a OTAN “conta com poder militar para realizar operações de gestão de crises […] individualmente ou em cooperação com outros países e organizações internacionais”.

A OTAN hoje reflete a expressão das vontades coletivas dos países que a integram, agindo em casos onde os interesses dos países membros são afetados.

Países da OTAN

(Foto: depositphotos)

O contexto da Guerra Fria

Para entender a OTAN, é necessário compreender o contexto da chamada Guerra Fria [3]. Após a Segunda Guerra Mundial, houve um momento entre os anos de 1945 e 1991 em que o mundo ficou dividido entre duas grandes potencias, de um lado os Estados Unidos e de outro a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS. [4]

As divergências entre estas duas potências eram econômicas, políticas, mas também ideológicas. Os Estados Unidos eram representados pelo ideário capitalista, enquanto a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas pelas ideias socialistas.

O socialismo era representado, portanto, pela União Soviética, pela China e a Europa Oriental (Segundo Mundo). Os representantes do capitalismo eram outros territórios como Estados Unidos, o Canadá, a Oceania e ainda a Europa Ocidental (Primeiro Mundo). Havia ainda os países que tomaram o lado de nenhum dos grupos (Terceiro Mundo).

Esse momento histórico foi caracterizado por uma disputa pelo poder mundial (poder hegemônico), e havia uma corrida armamentista ou bélica (quem detinha os melhores e mais potentes armamentos) e também espacial (quem chegava primeiro ao espaço, quem conquistava espaços fora da Terra).

Veja também: Segunda Guerra Mundial [5]

Para proteção de seus interesses, bem como dos países apoiadores, os dois grupos ideológicos criaram acordos de ajuda mútua. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, criou o chamado Pacto de Varsóvia. Já os Estados Unidos e seus aliados, criaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Pacto de Varsóvia

A OTAN foi criada como uma espécie de conjunto militar entre os países participantes, pois os mesmos estavam contra os preceitos da URSS, que havia se ocupado da Europa Oriental. A URSS então criou um pacto no ano de 1955, com o mesmo objetivo da OTAN, realizar uma proteção mútua entre os membros.  Esse acordo se chamou Pacto de Varsóvia [6]. Com o fim da URSS o Pacto também acabou. Esse fim ocorreu no ano de 1991.

Fizeram parte do Pacto de Varsóvia a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a Albânia, a Alemanha Oriental, a Bulgária, a Polônia, a Tchecoslováquia, Romênia e ainda a Hungria, o qual foi chamado de Pacto de Varsóvia.

Além disso, havia ainda os chamados países observadores, que na ocasião eram China, a Coreia do Norte, Cuba, o Egito e a Índia.

*Luana Polon é Mestre em Geografia pela Unioeste, Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU).

Referências

POLON, Luana. Estudo Prático. Pacto de Varsóvia – Objetivos de sua criação. Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/pacto-de-varsovia-objetivos-de-sua-criacao/ [7]. Acesso em 06 dez. 2018.

VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.

Site oficial da OTAN. Disponível em: https://www.nato.int/nato-welcome/index_pt.html#members [2]. Acesso em 06 dez. 2018.