Por Ana Ligia em 03/02/2017 (atualização: 08/02/2017)

A Revolução Federalista foi uma das revoltas mais violentas que já aconteceu no sul do Brasil. Ela ocorreu no Rio Grande do Sul, mas também atingiu o Paraná e Santa Catarina.

A revolta aconteceu entre os anos de 1893 e 1895, durante o governo de Floriano Peixoto. A guerra civil se caracterizou pela disputa dos federalistas, também conhecidos como maragatos e dos republicanos, também chamados de pica-paus.

Os federalistas estavam insatisfeitos com o domínio político do então presidente do Rio Grande do Sul, o político Júlio Castilhos, que assumiu após a renúncia de Deodoro. Além de serem contra as ações de governo, também exigiam uma revisão da constituição, que foi implantada pelo governo federal após a Proclamação da República.

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Foto: Reprodução/Wikipedia

Os federalistas ansiavam por um governo parlamentarista, principalmente para conseguir descentralizar o poder. Os líderes do movimento foram Gaspar da Silveira Martins e Gumercindo Saraiva. Já os republicanos acreditavam na centralização do poder, desejam a consolidação do sistema republicano e estavam ao lado de Floriano.

Em fevereiro de 1893, os federalistas pegaram as armas e começaram o conflito. Eles tentavam derrubar o governo de Castilho. Foi então que o presidente do Brasil, Floriano Peixoto, se colocou ao lado do Castilho e do governo gaúcho. O conflito acabou ganhando uma dimensão nacional. Tudo isso porque os opositores de Floriano passaram a defender o movimento federalista no Rio Grande do Sul.

No começo da batalha os federalistas tiveram algumas vitórias. Mas no final de 1894, o movimento acabou perdendo a força.

Na batalha que aconteceu no Paraná, as forças federais que estavam do lado de Floriano venceram os revoltosos, que tiveram que se retirar com a chegada das tropas paulistas. Mas somente no ano seguinte, em 1895, a paz foi selada e os federalistas foram oficialmente derrotados na cidade de Pelotas. A Revolução Federalista deixou mais de 12 mil mortos.