Por Robson Merieverton em 28/09/2016

O primeiro contato que a maioria das crianças tem com os vikings são através de filmes ou histórias. Mas, você sabe realmente quem foram esses bárbaros e a importância que eles tiveram na história?

Se sua resposta foi “não”, está na hora de conhecer um pouco mais sobre eles!

“Viking” é um termo usado para se referir aos exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas que invadiram, exploraram e colonizaram grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte a partir do final do século VIII até ao século XI.

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Foto: depositphotos

Eles partem de uma antiga civilização originária da região da Escandinávia, onde hoje compreende o território de três países europeus: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Um dos seus grandes feitos para a humanidade foi estabelecer uma rica cultura que se desenvolveu a sombra da atividade agrícola, artesanato e comércio marítimo.

Organização da sociedade viking

A maior parte dos povoados vikings eram formados por pequenas fazendas, com população variando entre 50 e 500 habitantes. Nessas fazendas, a vida era comunitária, ou seja, todos deviam se ajudar mutuamente. O trabalho era dividido de acordo com as especialidades de cada um.

Entre os vikings, a principal autoridade política era o rei. Ele estava no topo da pirâmide comandando tudo que acontecia na população, sobretudo a tomada de decisões. Abaixo deles estavam os jarls, que eram homens ricos e grandes proprietários de terras.

Eles eram figuras de muito prestígio e representavam relevante poder de comando entre a população. Tudo que se referia a tomar uma decisão, antes passava pela consulta dos jarls, também denominados de chefes tribais.

Abaixo dos jarls havia os karls ou seja, o povo, livre. Essas figuram não tinham posses e quando tinham, eram mínimas. Geralmente essa classe era formada por pequenos comerciantes ou lavradores. Os karls compunham o grosso dos exércitos vikings e tinham participação nas Tings, grupo formado por escravos e prisioneiros de batalhas.

Na esfera religiosa, os vikings eram conhecidos pela rica mitologia povoada por vários deuses. Entre eles estavam: Odin, adorado como “o Deus dos deuses”; Thor, a divindade mais popular, que tinha poder sobre os céus e protegia os vikings.

Na organização familiar viking, o homem era o principal responsável pela defesa e realização das principais atividades econômicas. Já as mulheres ficavam com as tarefas domésticas, como a preparação dos alimentos e o auxílio nas tarefas do dia-a-dia. A educação das crianças era delegada aos pais, sendo eles que repassavam as tradições e ofícios vikings.

A era viking

O período compreendido entre as primeiras invasões registradas na década de 790 até a conquista normanda da Inglaterra, em 1066, é conhecido como a era viking da história escandinava. Os vikings eram conhecidos pelo espírito de luta e conquista.

No ano de 865, um potente exército de vikings dinamarqueses deu início a uma guerra que teve como resultado a conquista de grande parte das terras britânicas. A partir desse feito, os vikings consolidaram sua expansão por terras escocesas.

O conhecimento que os vikings tinham em navios, rotas marítimas e guerra, fez com que o sua atuação englobasse também o mar. De acordo com alguns historiadores, os vikings escandinavos chegaram à América cinco séculos antes de Colombo. Ninguém sabe detalhes sobre as expedições, mas certas rotas abertas por eles costumam ser atribuídas a grupos específicos.

O declínio viking

Após décadas de pilhagem, a resistência aos vikings tornou-se mais eficiente e, depois da introdução do cristianismo na Escandinávia, a cultura viking assumiu caráter moderado. As incursões vikings cessaram no fim do século XI.

A consolidação dos três reinos escandinavos (Noruega, Dinamarca e Suécia) em substituição das nações viking em meados do século XI influenciou o fim dos ataques. A difusão do cristianismo fragilizou os valores guerreiros pagãos antigos, que acabou por resultar na extinção dos vikings.