Por Natália Petrin em 15/01/2015

De origem quéchua – língua indígena da América do Sul -, o nome pampas significa região plana e é usado para denominar um bioma que abrange uma área de 700 mil km². Esse tipo de bioma ocupa aproximadamente 2,4% da vegetação brasileira – 63% do Rio Grande do Sul –, além de estar presente em Buenos Aires, La Pampa, Entrerríos e Corrientes e a República Oriental do Uruguai. A área presente no Rio Grande do Sul, no entanto, foi praticamente devastada.

Pampas

Foto: Reprodução

Características

Os pampas são, predominantemente, áreas de campos, mas também apresentam cavernas e grutas, como a Pedra do Segredo, além de sítios arqueológicos como o localizado na Cidade de Mata onde podem ser encontradas árvores petrificadas com milhares de anos de idade.

A vegetação predominante neste tipo de bioma é a herbácea – formada basicamente por vegetação rasteira como gramíneas e espécies de pequeno porte – entre 10 e 50 cm de altura, e a paisagem é plana e homogênea, muito semelhante, para quem vê de longe, a um tapete verde.

O clima das regiões com este bioma é ameno e apresenta temperaturas médias anuais normalmente abaixo dos 20°C, raramente passando disso. Com estações bem definidas, as chuvas são bem distribuídas durante o ano.

Há neste bioma uma grande variedade de espécies de animais e plantas, inclusive algumas ainda não catalogadas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, existem nestas regiões mais de 3 mil tipos de plantas, 500 tipos de aves e 100 espécies de mamíferos. Como exemplo, entre as espécies mais comuns, podemos citar o quero-quero, o perdigão, a ema, a vicunha, entre outros.

Tipos

Os pampas possuem basicamente dois tipos bem definidos de paisagem: os campos limpos e os campos sujos.

Campos limpos

Os campos limpos são aqueles em que não há presença de arbustos, ou seja, a paisagem é mais homogênea, regular.

Campos sujos

Os campos sujos, em contrapartida, são aqueles em que os arbustos misturam-se a paisagem e estão mais presentes.

Situação atual

O solo não é muito fértil, no entanto há uma prática agrícola, além da pecuária, que é a principal atividade econômica da região. Graças à essas práticas, somente 30% da vegetação original está intacta. Isso gerou impactos muito fortes, inclusive trazendo risco de extinção à algumas espécies de animais, intensificando a arenização dos solos e aumentando a erosão.

O que pode ser feito?

É preciso ter consciência e conter as atividades de agropecuária na região, ampliando concomitantemente as áreas de reserva para que seja possível conservar o que ainda resta deste bioma.