Por Natália Petrin em 03/09/2015

Você vai para a escola todos os dias, algo que já se tornou rotina, mas já parou para pensar na importância que isso tem? Pois é. Quase todos os adultos já passaram por uma escola, e depois disso, faculdade e cursos que fizeram com que chegassem no nível em que estão em sua vida adulta e profissional. Por muitos motivos, isso é importante. Mas você sabe de onde vieram as escolas?

Origem

As escolas são oriundas de um longo processo de transformações, escolhas, ideias e dedicação. Na antiguidade, a educação infantil era uma preocupação presente em diversas das civilizações existentes. Isso era feito em casa, e os valores e conhecimentos eram passados para os filhos. Havia uma grande quantidade, já nessa época, de conhecimentos que eram considerados importantes e deviam ser passados, mas também uma divisão do que meninos e meninas deveriam aprender separadamente.

As sociedades mais complexas foram surgindo, assim como as instituições políticas e as práticas econômicas. Com isso, passou-se a pensar que a educação familiar não seria mais suficiente, e aí começaram a surgir os primeiros professores que eram especializados em repassar conhecimentos. Não havia ainda, no entanto, um espaço específico para aprender: isso era feito em casa. Professores eram contratados por aquelas famílias que tinham condições financeiras para dar aula às crianças da casa.

Por dentro da história das escolas

Foto: Pixabay

A educação, em sociedades como a Grécia Antiga, por exemplo, era vista como algo para poucos, que tinham tempo livre sem necessidade de trabalhar para garantir a sobrevivência.

Nos tempos medievais, o estudo era destinado à uma mínima parcela da sociedade e estava, normalmente, relacionada aos líderes religiosos que, como tinham que converter fiéis, e essa era uma tarefa bastante árdua, tinham que ter uma rotina de estudos para dominar de forma eficaz a compreensão da bíblia.

Isso somente começou a mudar quando houve o renascimento dos centros urbanos e a rearticulação das atividades comerciais. Era preciso saber administrar negócios e cidades, e para isso, a capacitação de pessoas era essencial. As instituições de ensino passaram, então, a ser abertas ao público, mas ainda com grande presença dos membros da igreja.

As instituições começaram a se desenvolver, e então passou-se a refletir mais sobre como as escolas deveriam funcionar, e acabou se diferenciando o estudo feminino e masculino ainda nessa época. As escolas eram estritamente masculinas.

Escola para todos

A partir do século XVIII, com o surgimento do movimento iluminista, plantou-se a ideia de que seria ideal expandir as instituições e generalizar o estudo, independentemente de origem social ou econômica, mas isso só aconteceu no século seguinte.

As escolas chegaram aos países marcados pela colonização nos modelos europeus, mas esse estudo tinha a necessidade de ser diferente, e portanto, foi moldado novamente. Mesmo nas últimas décadas, com o avanço da tecnologia, além do grande crescimento dos meios de comunicação, as escolas passam constantemente por mudanças, mas surge a questão de repensar se não deveriam ser novamente reorganizadas. É preciso, nos dias atuais, saber criticar e organizar o conhecimento relevante para si.