História

Primeira missa no Brasil: período de conversão ao catolicismo

Antes dos colonizadores chegarem ao Brasil, aqui só viviam índios com suas próprias crenças; Houve, enfim, a partir do dia 22 de abril de 1500, diversas mudanças decorrentes do encontro entre sua cultura e a dos europeus. Um dos primeiros gestos importantes de representatividade da cultura europeia diante dos índios foi a celebração de uma missa que ocorreu no dia 26 de abril de 1500.

A chegada ao Brasil e o contato com os índios

Quando as 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Alvares Cabral chegaram ao Brasil – avistaram um monte que recebeu o nome de Monte Pascal, devido à data em que se encontravam: o oitavo dia da páscoa – desembarcaram e foram recebidos por alguns índios. Trocaram presentes e então voltaram para suas caravelas para continuar explorando. Em seguida, chegaram à praia da Coroa Vermelha, no litoral sul da Bahia, em Porto Seguro.

A primeira missa

Nessa praia encontrada por eles, ao dia 26 de abril de 1500, apenas quatro dias após o descobrimento, foi celebrada uma missa em solo brasileiro. Dois carpinteiros fizeram uma cruz e a colocaram na areia onde Frei Henrique e mais alguns clérigos celebraram a missa.

Primeira missa no Brasil: período de conversão ao catolicismo

Imagem: Reprodução/ internet

Compareceram – convocados – mil homens: oficiais e marinheiros. Mas a presença de aproximadamente duzentos índios foram relatadas pelo escrivão Pero Vaz de Caminha em uma carta escrita ao Rei de Portugal, D. Manuel.

Os índios prestavam muita atenção ao que acontecia, adorando a novidade e respeitando. Copiavam meticulosamente os gestos dos portugueses: quando estes levantavam-se, aqueles também o faziam. O mesmo acontecia ao se sentarem e ajoelharem.

Como foram bastante respeitosos à missa e à religião de seus visitantes, Vaz de Caminha acreditou que seria fácil converter aquele povo.

“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos de pé, com as mãos levantadas, eles (os índios) se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado: e então tornaram-se a assentar como nós… e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.” – Trecho da Carta de Caminha a El-Rei, 1° de Maio de 1500.

A conversão

Passada a missa, os portugueses procuravam comunicar-se com os índios mostrando o respeito que tinham pela imagem da cruz, ajoelhando-se e beijando-a um por um. Alguns dos índios apenas repetiram o mesmo gesto.

Na carta, Pero Vaz de Caminha pede ao rei para que seja enviado o clérigo para batizar aos índios, permitindo que conheçam mais sobre a religião e aprendam sobre a fé. No dia 1° de maio foi celebrada a segunda missa na foz do rio Mutarí, seguida de muitas outras.

A Coroa, no entanto, somente depois de quase meio século, enviou ao Brasil alguns jesuítas para que a catequese fosse feita. Foi preciso atentar à outras questões nas políticas anteriores de ocupação das novas terras e o combate teológico contra protestantes e as visitas de outros povos em busca do pau-Brasil, que fizeram com que o rei começasse a se interessar em ocupar pontos estratégicos e expulsar os hereges.