História

Renascimento comercial e urbano

Do século XI em diante a Europa passou a viver um intenso processo de transformações comerciais, o que na história ficou conhecido como o renascimento comercial e urbano. Esse período ocorreu paralelo ao da Baixa Idade Média.

Esta que configurou como uma das subdivisões da Idade Média. Durante essa época, os trabalhos feudais sofreram um intenso processo de evolução tecnológica.

Tal conjunto de transformações se deu com a implantação da charrua, uma espécie de arado, além do aprimoramento do moinho hidráulico. Estes serviram para alavancar o potencial agrícola durante o período.

A rotação das culturas agrícolas – técnica emprega contra o empobrecimento do solo – passou a ter maior atenção durante a Baixa Idade Média. Camponeses passaram a promover melhor tratamento do solo e, com isso, a produtividade aumento e por consequência estimulou o crescimento da população.

Renascimento comercial e urbano

Foto: Reprodução

O renascimento

Aliada às transformações no espaço rural, o comércio também se modificou. Habitantes dos burgos – fortalezas militares erguidas séculos antes –, os comerciantes e artesãos começaram a atingir a autonomia devido as movimentações comerciais.

O tráfego de mercadorias entre esses e os camponeses deu origem ao renascimento comercial e urbano. Nesse processo, determinadas cidades portuárias exerceram papel fundamental, a exemplo de Veneza e Gênova.

Durante essa época, as relações nos feudos existentes entre o senhor e o vassalo também passaram por transformações. Atividades antes tidas como obrigações começaram a cair por terra.

No século XII, a condição de pagamento em dinheiro pelo trabalho exercido pelos camponeses passou a ser imposta pelos mesmos. Além disso, foi nesse período que essa classe passou a exigir ainda parte do excedente agrícola. O abandono dos camponeses ao trabalho e a migração desses para os burgos também passaram a ser evidenciados nessa época.

Manufatura

Com todas essas transformações, os burgos foram se tornando pouco a pouco em grandes espaços demográficos, com extensa concentração populacional. Isso passou a demandar alterações nos moldes de habitação.

Devido o intenso fluxo de pessoas, a necessidade por utensílios domésticos, vestimentas, equipamentos militares e de trabalho, entre outros produtos e materiais, também se tornou primordial. O que favoreceu a prática da manufatura – trabalho que consiste na transformação de matérias-primas em bens de consumo.

Corporações de ofício

O acentuado crescimento da prática da manufatura durante essa época motivou o surgimento das corporações de ofício. Tal processo foi responsável por estabelecer dois pilares:

Conflitos

Todavia, durante todo esse período de avanços em diversos setores produtivos e comerciais da Europa, a ocorrência de embates foi inevitável. Conflitos esses provocados justamente por causa das transformações vivadas à época. Destaque para a usura e para o modelo econômico dos senhores feudais, que se dava de forma incompatível com o dos burgueses.