História

República Populista

A República Populista foi um período importante na história política do Brasil, acontecendo durante os anos de 1945 à 1964. Mas o que foi? Como ocorreu? As respostas para essas questões você encontrará na sequencia desse texto. É sempre importante saber como se deu a caminhada política de um país, analisar todos os acontecidos que fizeram com que ela chegasse ao modelo praticado nos dias atuais.

República Populista

Foto: Reprodução

O que foi a República Populista?

A República Populista foi um momento bastante movimentado para o Brasil, neste período houve importantes mudanças no âmbito social e econômica. O Brasil começava a investir pesadamente para que a industrialização viesse a ter um significativo crescimento, atrelado a isso, a classe trabalhista acabou ganhando força e destaque no cenário nacional. Ao decorrer do tempo, o Brasil ia se tornando cada vez mais industrializado, deixando de ser um país totalmente rural.

Como todo esse crescimento no setor industrial a população trabalhista começava a ganhar força e influência, com isso os presidentes teriam que passar a governar também para essa parcela da sociedade e não somente para a classe dos industriais. Os presidentes se preocupavam em dizer que governariam também para os trabalhadores, no entanto, pouco era feito, e os problemas sociais eram cada vez mais claros.

Presidentes do período

Durante esse período, vários foram os governantes que presidiram o Brasil. O período se iniciou com Getúlio Vargas (1930 – 1945), seguido por Gaspar Dutra (1946 – 1951), Getúlio volta ao poder (1951 – 1954), após o segundo mandato assumiram o governo Café Filho (1954 – 1955), Juscelino Kubitschek (1955 – 1961), Jânio quadros (1961) e por fim, João Goulart (1961 – 1964).

Endividamento do Brasil

Os presidentes desse período foram responsáveis por grandes obras, mas o dinheiro para essas obras vinham de empréstimos feitos a grandes bancos internacionais. Ou seja, o Brasil ao passo que se desenvolvia, também se endividava cada vez mais. Essas dívidas impediam que esses presidentes pudessem investir de forma mais satisfatória nos problemas sociais.

O período ficou conhecido assim porque além da já citada força da grande classe trabalhadora, os presidentes também apareciam com todo seu carisma e simpatia apresentando planos de desenvolvimento que enchiam os olhos da população que almejava um país mais digno para se viver. Com essa política eles conseguiam conquistar a confiança de milhares de pessoas e usavam isso como instrumento de manobras políticas.

Crises sociais

No início da década de 1960, os governantes começam a perceber que já não é tão fácil agradar a população sem ter que levar algum prejuízo aos grandes empresários. A população era carente por melhores serviços públicos e isso fazia com que existisse uma pressão no governo, a crise se instalava e vários grupos sociais se articulavam apoiando a existência de transformações políticas mais profundas no país. Os grupos políticos mais conservadores viram essa atitude social como uma grave ameaça a nação brasileira e concordaram apoiar uma possível intervenção militar na política do país.

Fim da República Populista

A República Populista tem seu fim no ano de 1964 no governo de João Goulart, quando se inicia um forte regime político, controlado por forças militares. A partir de agora a liberdade de expressão se encontrava em cheque, e qualquer movimento social era severamente repelido com violência por parte dos militares. Qualquer figura que pudesse levar ameaça ao governo, fosse ela pública ou não, foi duramente perseguida pelo novo governo que chegava ao poder.  O período militar durou até o ano de 1985.