A República da Espada ficou conhecida por este nome porque os dois primeiros presidentes do nosso país foram militares: os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Este primeiro período da República Velha vai do dia da Proclamação da República do Brasil até a eleição do primeiro presidente civil. A primeira constituição, de 1891, foi elaborada durante a República da Espada, com o objetivo de dar uma direção às ações institucionais deste período.
O período da República da Espada foi marcado por um viés mais centralizador do poder (principalmente pelo medo da volta da Monarquia e para evitar uma possível divisão do país), por crises econômicas (como a do Encilhamento) e por conflitos entre as elites do país, como a Revolta da Armada e a Revolução Federalista.
O segundo período da República Velha ficou conhecido como República Oligárquica, compreendendo o período entre 1894 e a Revolução de 1930. A principal característica deste período foi o poder nas mãos das elites regionais, especialmente das forças políticas de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na presidência. Esse controle político exercido pela oligarquia paulista e pela elite mineira ficou conhecido como “política do café com leite”, por causa da importância econômica da produção do café no estado de São Paulo e a produção de leite no estado de Minas Gerais.
A República Oligárquica também ficou marcada pelo desenvolvimento de um forte coronelismo, que dava poder político regional às elites locais do Brasil. Outra importante característica deste período é a produção do café para a exportação, que garantiram o começo do processo de industrialização na região Sudeste.
A República Velha teve o seu fim com a crise das oligarquias rurais e a crise econômica mundial, que atingiram a produção de café, muito importante na época. Além disso, houve a insatisfação com a eleição de Júlio Prestes, em 1930. A Revolução de 1930 derrubou os fazendeiros paulistas do poder, dando fim à República Velha e início à Era Vargas.