Por Katharyne Bezerra em 13/07/2015

A seleção natural se dá quando espécies de seres vivos conseguem sobreviver ao meio em que vivem. Isso quer dizer que não importa as adversidades do ambiente, os que sobrevivem têm a capacidade de se adaptar melhor e de maneira mais rápida ao seu habitat.

O estudo foi feito por Charles Darwin, em 1859, e publicado em um livro chamado “Origem das Espécies”. Para o pesquisador, a conservação das diferenças e mudanças favoráveis, somadas a destruição das prejudiciais, chama-se Seleção Natural ou Sobrevivência do mais apto.

Não basta sobreviver, para acontecer a evolução é preciso reproduzir. Os indivíduos que conseguem sobreviver ás adversidades do meio, chega a fase adulta e podem reproduzir. Garantindo assim, descendentes mais fortes e, por consequência, diminuindo a evolução de espécies mais fracas. Abaixo, confira alguns exemplos de seleção natural.

Charles Darwin foi o responsável pelo estudo sobre a seleção natural

Foto: Pixabay

Resistência

Um exemplo de espécie que garante várias gerações por meio da resistência é a bactéria. Se uma pessoa doente tomar antibiótico, algumas das bactérias que estão no corpo infectado irão morrer, enquanto outras, através de mutações, vão resistir ao medicamento. Ainda em funcionamento, vão reproduzir e gerar bactérias ainda mais fortes, com o intuito de sobreviver a doses maiores de antibióticos.

Outro caso de resistência, são os insetos, que cada vez mais suportam os inseticidas. Por exemplo, em uma lavoura é aplicado um determinado inseticida capaz de matar a populações de insetos suscetíveis a esse veneno. Entretanto, alguns animais dessa praga serão resistentes a esse procedimento, e originarão, posteriormente, insetos ainda mais fortes, enquanto os outros mais frágeis continuaram a morrer. E assim por diante, formando um ciclo de sobrevivência.

Coloração de advertência

Alguns animais conseguem adquirir em seus organismos cores que advertem o seu consumo. No caso da cobra coral, de cor vermelha, preta e branca, os seus predadores associam as cores ao veneno muito perigoso que a cascavel possui. A coloração da mesma já serve como uma autoproteção, uma vez que alerta os inimigos do perigo que eles correm se tentarem a atacarem.

Diferente da cobra que possui veneno, a borboleta-monarca não conta com essa propriedade. Apesar de apresentar cores muito vistosas, o inseto possui um gosto desagradável. Portanto, sua coloração já está associada ao gosto ruim e por isso é evitada pelos predadores.

Camuflagem

Para despistar os predadores, alguns animais adquirem formas de se misturar ao meio em que vivem. À exemplo do bicho-folha e do bicho-pau, que se parecem, como o próprio nome já indica, com folhas e galhos, respectivamente.

Mais um exemplo é o caso de mariposas brancas e pretas. Supostamente, ambas vivem em uma floresta escura. Sendo assim, as pretas, que possuem uma cor parecida com a do ambiente, conseguem se camuflar. As brancas, por sua vez, pelo fato de terem uma coloração que contrasta com a do meio, acabam sendo presas fáceis para os predadores. Ocorreria de forma inversa, se as mariposas vivessem em uma floresta mais clara. Conclui-se, então, que nem sempre os mais fortes sobrevivem, mas sim os mais adaptáveis.

Mimetismo

Nesta situação, alguns animais conseguem mudar suas cores ou a forma de seus corpos, para ficarem parecidos com outros animais e assim poder tirar alguma vantagem. Por exemplo, existe a cobra coral e existe a cobra coral falsa, que apesar de ter a mesma cor da verdadeira, não possui o veneno que a primeira tem. Sendo assim, a não venenosa se aproveita da sua cor para advertir seus predadores, que ao olharem irão se confundir com a verdadeira.