Por André Luiz Melo em 12/05/2015 (atualização: 11/05/2015)

O descobrimento da América teve início em meados do século XV. Nesse período, o avanço de grandes navegações e o crescimento marítimo de nações ibéricas, neste caso Espanha e Portugal (apenas no território do Brasil), possibilitou a conquista do território americano para os europeus.

Após desembarque na América, os colonizadores vindos da Europa, inclusive, chegaram a batizar as terras recém-conquistadas de “Novo Mundo”. À época, nesse momento, tomava rumo o processo de colonização do novo continente. Este se dava por meio da exploração de bens naturais e também através da criação de estruturas administrativas.

Já fixados na América e tendo dado o pontapé inicial da colonização, os espanhóis traçaram a montagem do sistema colonial espanhol, cujo processo se deu por meio dos repartimientos, das encomiendas e das haciendas.

Sistema colonial espanhol

Foto: Reprodução

Repartimientos

A extração de metais preciosos era algo primordial para os colonizadores, de tal modo que os repartimientos constituíam a primeira estrutura organizacional com a finalidade de explorar tais riquezas provenientes do minério. E o processo de extração desses metais fluiu rapidamente, uma vez que os nativos do território da América ocupado pelos espanhóis tinham bom domínio das técnicas de extração e fundição do ouro, por exemplo. O processo dos repartimientos consistia no emprego da mão de obra forçada dos habitantes do continente na exploração de metais.

Encomiendas

Expressão cujo significado literal quer dizer recomendar ou delegar, as encomiendas representavam um sistema semelhante ao repartimiento, porém sendo mais aprimorado. Nesse tipo de estrutura, negociações foram estabelecidas entre os espanhóis e os líderes tribais dos habitantes nativos. Daí por diante, a mão de obra passou a ser aplicada na exploração de metais e também no cultivo de pequenas lavouras. Entretanto, os encomenderos tinham que respeitar determinadas regras impostas pelos colonos, entre as quais a de não tomar para si o controle de áreas indígenas. Em troca disso tudo, os espanhóis ofereciam educação religiosa católica aos nativos.

Haciendas

Com significado que compreende fazenda ou estância, as haciendas consistiam em um sistema de lavouras de grande porte, denominadas de plantations. Nessas áreas, cujos proprietários eram classificados como latifundiários, era mais comum o cultivo de apenas uma espécie de vegetal (monocultura).

Nas haciendas a mão de obra era forçada e inspecionada de forma rigorosa pelos seus proprietários, que submetiam os trabalhadores a dependências econômicas e sociais. A cana-de-açúcar era o tipo de planta mais cultivado nessas áreas da América Espanhola.