Por Prof. Luana Polon em 05/07/2014 (atualização: 15/06/2020)

A chuva é um fenômeno meteorológico no qual há a precipitação de água em estado líquido sobre a superfície terrestre. A chuva é formada através do chamado “ciclo da água”, e sem este fenômeno a vida na Terra é impossível.

Elas apresentam diferenças dependendo do local do globo em que ocorrem, especialmente por conta do clima e relevo existentes em cada local.

Os três tipos de chuvas mais comuns são as chuvas frontais, chuvas convectivas e chuvas orográficas. Para classificar os tipos são usadas características como intensidade, duração e frequência.

Chuva em guarda-chuva

As chuvas podem ser de três tipos: convectivas, frontais e orográficas (Foto: depositphotos)

Tipos de chuva

As chuvas são fenômenos naturais, constituindo um dos tipos de precipitação existentes, juntamente com a neve, a geada, o orvalho e o granizo. Toda precipitação é originada a partir da condensação da água.

As chuvas, por mais comuns que sejam, não são todas iguais. Elas sofrem variações em:

  • Intensidade – volume de água precipitada.
  • Duração – horas ou minutos de ocorrência do fenômeno.
  • Frequência – quantidade de vezes em que o fenômeno é registrado numa região.

São três os tipos principais de chuvas: as convectivas, as frontais e as orográficas.

Chuva convectiva

As chuvas convectivas são ocasionadas pela subida do ar quente e leve (ascensão ou convecção do ar), o qual se resfria em altitudes elevadas, condensando o vapor d’água. Com isso, nuvens são formadas e há a precipitação da chuva.

Esse tipo de chuva é comum em regiões intertropicais (entre os trópicos de Câncer e capricórnio) do globo. Ou seja, são chuvas comuns em regiões quentes do globo.

Comumente as chuvas convectivas são torrenciais, com curta duração, podendo ocorrer também raios e trovões. Estas chuvas podem ocasionar problemas como alagamentos e deslizamentos de encostas. Elas são muito comuns no verão.

Chuva frontal

As chuvas frontais, também chamadas de ciclônicas ou chuvas de advecção, são resultantes do choque entre massas de ar com temperatura e umidade diferentes.

Quando essas massas de ar se encontram, geram uma zona de instabilidade que provoca chuvas. E, por isso, ocorrem com maior frequência no inverno, quando massas de ar quentes e frias se chocam, baixando as temperaturas na superfície terrestre.

São comumente chuvas com relativa intensidade e duração longa, ou seja, não são muito fortes, mas se estendem por maior tempo e podem afetar um mesmo lugar por vários dias seguidos.

Chuva orográfica

As chuvas orográficas são aquelas originadas no contato de massas de ar úmidas com o relevo de uma região.

Essas massas de ar são impulsionadas pelas formas do relevo em direção a uma região de maior altitude. Ao atingirem maior altitude, essas massas de ar fazem com que a temperatura do ar diminua, condensando o vapor d’água, formando nuvens e causando precipitações.

O termo “orográfico” origina-se no grego “Orós”, que significa montanha. Ou seja, estas chuvas orográficas são comuns em regiões montanhosas, quando as formas do relevo impulsionam as massas de ar a subirem. São as “chuvas de relevo”.

Chuvas ácidas

Vegetação devastada

A chuva ácida corrói materiais, destrói vegetação e polui rios (Foto: depositphotos)

Chuvas ácidas não são um tipo específico de chuvas. Elas são, na realidade, uma consequência da alteração do PH (Potencial Hidrogeniônico) das águas.

Essa alteração ocorre devido a emissão de gases poluentes na atmosfera. Com isso, a chuva que precipita é mais ácida, podendo estragar estruturas por corrosão.

Tipos de chuvas que ocorrem no Brasil

Os três tipos de chuvas ocorrem no Brasil: convectiva, frontal e orográfica.

As chuvas convectivas são as mais comuns em todo território nacional. São chuvas comuns no verão, rápidas e intensas.

As chuvas frontais ocorrem com frequência na região Sul do país, ocasionando a queda das temperaturas no inverno.

As chuvas orográficas ocorrem na região de serras, onde há a formações do relevo com maior altitude.

Resumo do Conteúdo
Nesse texto você aprendeu que:

  • As chuvas não são todas iguais.
  • As chuvas variam em intensidade, duração e frequência.
  • Os tipos de chuvas mais comuns são: convectivas, frontais e orográficas.
  • As chuvas convectivas são comuns em regiões intertropicais, apresentam curta duração e grande intensidade.
  • As chuvas frontais são comuns no inverno, apresentam relativa intensidade e longa duração.
  • As chuvas orográficas são comuns em regiões com relevo montanhoso ou de serras.
  • Chuvas ácidas não são tipos específicos de chuvas, mas sim uma característica de alteração do PH das chuvas por causa da poluição atmosférica.

Exercícios resolvidos

1) Quais são os três tipos de chuvas mais comuns?
R: Os três tipos de chuvas são: convectiva, frontal e orográfica.
2) Onde ocorrem as chuvas orográficas?
R: As chuvas orográficas acontecem em regiões onde o relevo apresenta características montanhosas, com elevadas altitudes, que possibilitam que as massas de ar subam.
3) Qual é o tipo de chuva que está associado aos alagamentos de verão?
R: A chuva convectiva está associada aos alagamentos que ocorrem no verão, isso porque são chuvas com curta duração e grande intensidade.
4) Qual é o tipo de chuva que ocorre com frequência na região Sul do Brasil no inverno?
R: As chuvas frontais são comuns na região Sul do Brasil durante o inverno.
5) Explique porque as chuvas são importantes para a vida na Terra.
R: As chuvas são fenômenos essenciais para a manutenção da vida na Terra, isso porque todos os seres vivos necessitam de água para sua sobrevivência. As chuvas renovam a vida dos biomas, hidratam os animais, impulsionam as plantações, umedecem as terras, abastecem os cursos d’água.

*Luana Polon é Mestre em Geografia e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU) e em Educação Profissional e Tecnológica (São Braz).

Referências

» GARCIA, Helio; MORAES, Paulo Roberto. Geografia. São Paulo: IBEP, 2015.

» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.