Por Débora Silva em 31/08/2017

Na língua portuguesa, os verbos são classificados em regulares, irregulares, defectivos, abundantes e anômalos.

Os verbos conhecidos como irregulares são aqueles cujos radicais sofrem alterações ou cujas terminações não seguem os modelos de conjugação, tal como ocorre com os verbos regulares.

Os verbos anômalos, tema deste artigo, são os verbos que sofrem alterações profundas em seu radical.

O que são os verbos anômalos?

Ao serem conjugados, os verbos anômalos apresentam no radical algumas alterações mais profundas do que os verbos irregulares, não apresentando apenas um radical quando são conjugados, dependendo do tempo ou da pessoa verbal.

Veja quais são os verbos anômalos

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Os verbos “ser” e “ir” são exemplos típicos de verbos anômalos, por apresentarem variações profundas no radical. Alguns estudiosos do nosso idioma também consideram que os verbos “ter” e “pôr” são anômalos.

Observe as frases a seguir:

Eu sou feliz.
Eu era feliz.
Eu vou para casa.
Eu irei para casa.

Como podemos observar nas frases acima, os verbos “ser” e “ir” apresentam radicais primários diferentes quando conjugados, sendo, portanto, verbos anômalos.

Conjugação de verbos anômalos

Observe atentamente como se dá a conjugação dos verbos “ser” e “ir” no presente do modo indicativo:

SERIR
Eusouvou
Tuésvais
Ele/elaévai
Nóssomosvamos
Vóssoisides
Eles/elassãovão

Ao observamos as conjugações acima, podemos notar que os radicais sofreram grandes alterações. Tais verbos – chamados anômalos – não possuem apenas um radical quando são conjugados, e não existe uma regra que determine essas alterações.

Embora sejam indicados como anômalos por alguns gramáticos, os verbos “ter” e “pôr” não perdem todo o radical ao serem conjugados. O verbo “ter” apresenta as seguintes formas verbais: eu teria, tu tinhas, se ele/ela tivesse, nós temos, eles/elas terão.

 

*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas).