Por Anna de Cássia em 01/10/2014

Você já ouviu falar em Vinícius de Moraes? Sabe quem foi ele, o que fez para ficar tão conhecido? Ele foi um poeta muito famoso e querido da literatura brasileira. Ele escreveu vários poemas e também belíssimas canções da música popular brasileira. Vamos conhecer um pouco mais sobre ele?

Vinícius de Moraes

Foto: Reprodução

Sobre Vinícius de Moraes

Vinícius nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913, e veio a falecer no dia 9 de julho de 1980, na mesma cidade. Ele era uma pessoa muito inteligente, pois além de poeta e compositor, ele também era jornalista, dramaturgo e até diplomata!

Ao lado de outros poetas como Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintana, Vinícius foi dos principais representantes da poesia da segunda fase do modernismo. Na música, ele compôs diversas vezes, em conjunto com grandes artistas como Toquinho, Tom Jobim, Chico Buarque e João Gilberto.

Vinícius costumava dizer que, apesar de ter muitas profissões e talentos, a poesia era a sua primeira e maior vocação. Ele se entregava a ela, deixando seus poemas sempre cheios de emoção e beleza.

Poemas infantis de Vinícius

Vinícius adorava crianças! Ele escreveu também vários poemas infantis. Dentre eles, podemos citar A Arca de Noé, Vinícius escreveu para seus filhos, Suzana e Pedro de Moraes, eles eram sua grande inspiração. Ele escreveu também outros poemas infantis com a temática religiosa, como Natal e São Francisco.

Separamos para você um poema infantil de Vinícius de Moraes, caso você goste, procure outras obras deste autor para ler, outros poemas, infantis ou não! É sempre bom conhecer a literatura do nosso país.

Natal

De repente o sol raiou
E o galo cocoricou:
— Cristo nasceu!
O boi, no campo perdido
Soltou um longo mugido:
— Aonde? Aonde?
Com seu balido tremido
Ligeiro diz o cordeiro:
— Em Belém! Em Belém!
Eis senão quando, num zurro
Se ouve a risada do burro:
— Foi sim que eu estava lá!
E o papagaio que é gira
Pôs-se a falar: — É mentira!
Os bichos de pena, em bando
Reclamaram protestando.
O pombal todo arrulhava:
— Cruz credo! Cruz credo!
Brava
A arara a gritar começa:
— Mentira! Arara. Ora essa!
— Cristo nasceu! canta o galo.
— Aonde? pergunta o boi.
— Num estábulo! — o cavalo
Contente rincha onde foi.
Bale o cordeiro também:
— Em Belém! Mé! Em Belém!
E os bichos todos pegaram
O papagaio caturra
E de raiva lhe aplicaram
Uma grandíssima surra.